O juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, também determinou o bloqueio e o futuro leilão de bens de todos os réus nesta ação penal dos honorários advocatícios, um processo de reposição de perdas inflacionárias da década de 1990 (Plano Collor, ação dos 28.35%) que envolve mais de quatro mil servidores públicos e herdeiros. O magistrado diz que o confisco será suficiente para recuperar apenas 46% do total desviado, cerca de R$ 21 milhões – ainda faltam R$ 24 milhões (54%).
Silva Ferreira diz que se a sentença for confirmada nas instâncias superiores, o montante arrecadado será revertido aos cofres municipais. São casas, apartamentos, propriedades rurais, terrenos, carros, dinheiro depositado em contas bancárias etc. Da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido), o magistrado determinou o bloqueio de dois imóveis: a casa no bairro da Ribeirânia, na Zona Sul, e um apartamento na avenida do Café, na Zona Oeste.
A ex-advogada do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto (SSM/ RP), Maria Zuely Alves Librandi, teve bloqueados duas fazendas em Cajuru (SP), um rancho de 2,4 hectares no distrito de Pontal (SP), um terreno no Alto da Boa Vista, na Zona Sul, e uma sala comercial no Centro.
Do escritório de advocacia em nome dela, o magistrado determinou o confisco de três salas comerciais no Centro de Ribeirão Preto, um terreno no Jardim Palmares e outro na City Ribeirão, na Zona Sul. Já o ex-presidente do sindicato, Wagner Rpdrigues, teve bloqueados oito salas comerciais na região central da cidade, uma casa no Jardim Arlindo Laguna e um terreno no Parque das Oliveira.
Também ex-advogado do Sindicato dos Servidores, Sandro Rovani teve bloqueados uma casa em condomínio residencial no Jardim Irajá, quatro salas comerciais no Centro e um apartamento no mesmo bairro. A Justiça de Ribeirão Preto também bloqueou quatro terrenos e uma casa no distrito de Bonfim Paulista, que pertencem ao advogado André Hentz. Todos vão recorrer.