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SEVANDIJA – Ex-prefeita já está na cidade

SÉRGIO MASSON/ ARQUIVO TRIBUNA

A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP) confirmou nesta terça­-feira, 28 de novembro, a trans­ferência da ex-prefeita Dárcy Vera (PSD) da Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, a Penitenciária I de Tremembé, para a unidade de Ribeirão Preto, a antiga Cadeia de Vila Branca, na Zona Oeste. Ela retornou à cidade no final da manhã de segunda-feira, 27 de novembro.

O juiz Lúcio Alberto Enéas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Cri­minal de Ribeirão Preto, agen­dou para a próxima terça-feira, 5 de dezembro o depoimento da ex-prefeita Dárcy Vera na ação penal da Operação Sevan­dija que investiga fraude e paga­mento de propina envolvendo os honorários advocatícios do acordo do Plano Collor (paga­mento dos 28,35%).

Segundo nota enviada ao Tribuna pela assessoria de im­prensa da SAP, “a presa Dárcy da Silva Vera foi inclusa ontem (anteontem, segunda-feira), dia 27, na Penitenciária Femi­nina de Ribeirão Preto, onde deu entrada às 11h50 da ma­nhã, para apresentação judi­cial.” Esta é a segunda vez em menos de três meses que a ex­-prefeita retorna à cidade.

Em 21 de setembro ela foi transferida para acompanhar os depoimentos de testemunhas na ação penal dos honorários advocatícios. Houve tumulto na unidade prisional. Várias presas tiveram de ser remanejadas para outras celas por causa da presen­ça da ex-prefeita.

No entanto, o ministro Ro­gério Schietti Cruz, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator de todos os recursos apresentados pelos réus da Operação Sevandija na Corte de Brasília (DF), concedeu liminar e liberou Dárcy Vera de comparecer às audiências com testemunhas desta ação penal, a única em que a ex-prefeita é ré, apesar de negar a prática de qual­quer ato ilícito e afirmar que vai provar inocência.

A ex-prefeita está detida des­de 19 de maio, acusada de che­fiar um esquema que desviou R$ 230 milhões dos cofres públicos – nesta ação penal, o valor des­viado seria de R$ 45 milhões, por meio de fraude no acordo dos 28,35% dos servidores. O ex­-presidente do Sindicato dos Ser­vidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/RP), Wagner Rodrigues, assinou acordo de delação pre­miada com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e disse que Dárcy Vera recebeu propina de R$ 7 milhões da advogada Ma­ria Zuely Alves Librandi. Ambas negam o crime.

Além delas e de Rodrigues, também são réus nesta ação penal o ex-secretário de Admi­nistração, Marco Antonio dos Santos, e os advogados André Soares Hentz e Sandro Rovani, que deve depor nesta quarta-fei­ra (29). Todos negam a prática de crimes.

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