Tribuna Ribeirão
Política

Setenta escolas já foram inspecionadas

A Secretaria da Educação de Ribeirão Preto informou nesta segunda-feira, 9 de agosto, que 70 das 132 escolas da rede mu­nicipal de ensino (53%) já foram inspecionadas pelos três médi­cos infectologistas – Fernando Belíssimo Rodrigues, Renata Teodoro Nascimento e Valdes Roberto Bolella – indicados pela Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa).

O laudo do trio e a vacinação completa – primeira e segunda doses – dos cinco mil professo­res, diretores, coordenadores, monitores, supervisores, cozi­nheiros, auxiliares, motoristas e outros funcionários que atu­am no ambiente escolar serão decisivos para o retorno dos 47.271 alunos da rede munici­pal às salas de aula.

O juiz João Baptista Cilli Filho, da 4ª Vara do Trabalho, agendou para esta sexta-feira, 13 de agosto, a audiência de conciliação entre a prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM­-RPGP) para tentar antecipar o retorno das aulas presenciais nas escolas da rede municipal de ensino. A cidade é a única do país onde o ano letivo em­perrou na pandemia por causa de decisão judicial.

Se houver acordo, é bem provável que ao menos uma parte dos estudantes retorne às escolas já na próxima semana ou no máximo a partir do dia 23 de agosto. “Os relatórios das escolas vistoriadas até o presente momento serão apresentados na audiência marcada para a próxima sexta-feira (13), entre a Justiça do Trabalho, sindicato e a Secretaria da Educação”, ex­plica o secretário da Educação, Felipe Elias Miguel.

Ainda de acordo com o se­cretário, a proposta da Secretaria Municipal Educação é de um retorno presencial começando pelo ensino fundamental, onde todas as escolas já foram visto­riadas. Além do uso obrigatório de máscaras e do distanciamen­to mínimo de um metro entre os alunos, outras medidas de segu­rança serão adotadas para evitar a propagação do coronavírus.

Em 25 de fevereiro, a Justiça do Trabalho barrou as aulas pre­senciais e proibiu o retorno de funcionários e dos alunos. Em maio, em audiência de concilia­ção, decidiu que as classes conti­nuariam vazias enquanto a pre­feitura não apresentasse laudos emitidos por três infectologistas para comprovar a segurança sa­nitária das 132 unidades.

Também obrigou a pasta a concluir a imunização completa de todos os profissionais da área que atuam no ambiente escolar. A Secretaria Municipal da Edu­cação argumenta que, além de já ter vacinado três mil profissio­nais da com duas doses da vaci­na contra o coronavírus (60%) e dois mil com uma dose (40%), o governo tem agilizado as visto­rias das escolas municipais.

Os médicos infectologistas nomeados pela prefeitura já vistoriaram todas as 31 escolas de ensino fundamental e 39 de educação infantil. Segundo o secretário Felipe Elias Miguel, não foi apontado nenhum pro­blema estrutural, apenas casos de adequação do ambiente para garantir a segurança de servidores e estudantes.

Das 132 unidades adminis­tradas pela prefeitura. 31 são Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), 36 são Centros de Educação Infantil (CEIs), 43 são Escolas Mu­nicipais de Educação Infantil (Emeis) e 24 são escolas con­veniadas. Já foram realizadas quatro ações de vacinação con­tra a covid-19 para profissio­nais da área. A vacinação com a segunda dose só vai atingir 100% em meados de setembro e início de outubro.

Segundo a secretaria, todas as unidades escolares já recebe­ram os equipamentos de pro­teção individuais (EPIs) neces­sários: máscaras para alunos, professores e funcionários, face shields, aventais, termômetros infravermelhos, fita zebrada, sabonete líquido, água sanitária, álcool líquido e álcool em gel.

Além disso, todas as escolas realizaram adequações neces­sárias para o retorno, tais como demarcações no solo, nos refei­tórios, pátios, banheiros nas sa­las de aula, sanitização dos am­bientes, bem como a aquisição de materiais para o cumprimen­to dos protocolos sanitários.

Se não conseguir reverter o quadro, as aulas deverão ser retomadas apenas em outubro. O ano letivo teve início no dia 2 de agosto, mas de forma re­mota, pela internet. O Sindica­to dos Servidores Municipais já afirmou, por meio de nota, que diante do novo despacho da Jus­tiça do Trabalho, participará da audiência designada, mas que o acordo selado em maio será mantido se depender da entida­de. Ou seja, antes de setembro não haverá aula presencial.

São cerca de doze mil educa­dores na cidade, contando fun­cionários da rede pública muni­cipal e estadual e da particular, e 9.951 já estão imunizados com ao menos uma dose (82,9%). Pesquisa que está sendo realiza­da pela Secretaria Municipal da Educação mostra que, até esta segunda-feira (9), 9.891 pais e responsáveis pelos alunos da rede de ensino de Ribeirão Preto já haviam opinado se de­sejam ou não o retorno das au­las presenciais neste momento. Deste total, 7.220 são a favor dos filhos nas classes (ou 73%) e 2.671 são contrários (27%).

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