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Cultura

Sessões gratuitas de ‘Bacurau’ no Cauim

JF PIMENTA/ ESPECIAL PARA O TRIBUNA

O Cineclube Cauim vai exibir a produção brasileira “Bacurau” gratuitamente, en­tre esta quinta (23) e a próxi­ma quarta-feira, 29 de janei­ro. Serão duas sessões diárias, às 16h30 e às 19h30, inclu­sive no final de semana. A retirada de convites deve ser feita com uma hora de ante­cedência. O filme, ganhador do Prêmio do Júri do Festival Internacional de Cinema de Cannes, estreou na única sala de cinema de Ribeirão Preto fora de shopping center na terça-feira (21), e com lota­ção máxima.

No público estavam pes­soas de todas as idades, in­teressadas em conhecer uma obra cinematográfica nacio­nal reconhecida mundial­mente pela crítica.

Na noite desta quarta­-feira (22), o Cauim e o Sesc Ribeirão Preto promoveram um bate-papo com os dire­tores Kléber Mendonça Fi­lho e Juliano Dornelles – ás 17 horas já havia fila para acompanhar o evento. Eles atenderam ao público e fala­ram sobre todo o processo de produção do filme, que con­ta com um elenco de respei­to – Sônia Braga, Udo Kier, Bárbara Colen, Karine Teles, Silvério Pereira e Lia de Ita­maracá, entre outros.

O cinema brasileiro vive, apesar de todas as conhecidas dificuldades para se produzir no país, uma fase muito es­pecial, tendo como exemplo mais recente a indicação do documentário “Democracia em Vertigem”, da diretora Petra Costa, ao Oscar de me­lhor documentário. Porém, foi uma obra de ficção a que mais chamou a atenção a partir do segundo semestre de 2019: trata-se de “Bacu­rau”, dos diretores Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que já tinham chamado a atenção da crí­tica internacional em 2016 com o filme “Aquarius”, ga­nhador de vários prêmios em festivais internacionais.

“Bacurau”, desde sua es­treia, é considerado um dos filmes mais instigantes pro­duzidos no Brasil no século XXI, pelos críticos de todo o mundo. Exibido em maio de 2019 no Festival Interna­cional de Cinema de Cannes, na França, foi o vencedor do Grande Prêmio do Júri. Ape­nas um filme brasileiro havia ganhado este prêmio ante­riormente: “O Pagador de Promessa”, de Anselmo Du­arte, em 1962.

A produção é uma crítica social e política, ambientada em um pequeno povoado do sertão brasileiro, num futu­ro próximo. O choque entre a modernidade global digi­talizada e o tradicionalismo da vida rural no interior do Brasil é retratado de forma alegórica e rica. O enredo é surpreendente e o filme tem uma forte carga dramática, permeada por suspense, vio­lência e ação. O resultado é um filme envolvente e que prende a atenção do início ao fim. Em resumo, imperdível.

“Bacurau” mistura drama, mistério e ficção científica. É uma produção franco-brasi­leira. O Cineclube Cauim fica na rua São Sebastião nº 920, no Centro de Ribeirão Preto. Mais informações pelo tele­fone (16) 3441-4341 e no site do cineclube (www.cineclu­becauim.ong.com.br).

Sinopse
Bacurau, um pequeno po­voado do sertão brasileiro dá adeus a Dona Carmelita, mu­lher forte e querida por quase todos, falecida aos 94 anos. Dias depois, começam os si­nais de que a tranquilidade de Bacurau estará sob ameaça. Uma sequência de incidentes mergulham o vilarejo numa tensão crescente. No entanto, muitos não contavam com um detalhe: que no passado desse lugar extraordinário es­tava adormecido um talento especial para a aventura.

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