A BOA ESPOSA
Comédia francesa que se desenrola na década de 60, retratando a submissão da mulher desta época. Paulette Van Der Beck (Juliette Binochet), é a esposa fiel de um sujeito nada agradável (François Berléand). Juntos eles dirigem uma escola de governança doméstica, na Alsácia, há anos. A função de Paulette é treinar garotas para que tornem perfeitas donas de casa, cuidando do lar e, assim como ela, serem subervientes aos futuros maridos sem nenhuma queixa. Na escola, também vive a freira Marie-Thérèse (Noémie Lvovsky), com a missão de vigiar as alunas que ali estão, e Gilbert a irmã solteirona de Paulette. Elas praticamente vivem para atender fulano, que nada faz em troca. Após marido o falecimento repentino do marido, Paulette descobre que ele apostou todo o dinheiro do casal deixando-a sem um tostão e com a escola prestes a falir. Paulette decide tomar a responsabilidade do local e para tentar salvar a escola, ela e suas alunas decidem participar de um famoso programa de TV sobre competição doméstica. Com muita animação elas começam os preparativos para o programa e é quando, Paulette e suas alunas, começam a questionar se suas certezas sobre a esposa perfeita estariam mesmo corretas. Ao mesmo tempo, tem início no país um protesto que vai mudar todo o comportamento da sociedade em que elas vivem. Assim, elas vão partir para a emancipação total e num piscar de olho, se transformam em fanáticas feministas. A direção é Martin Provost que deu a trama um toque mais divertido e também faz uma análise sobre mulheres não tão jovens, muito bem representadas pelo excelente trio central de atrizes. Outra surpresa é um final apresentando um inesperado número musical, que pode ou não agradar ao espectador. Outro bom lance do filme é o excelente elenco jovem.