MARIA E JOÃO: O CONTO DAS BRUXAS
Todos conhecem esta história dos famosos Irmãos Grimm passada de geração a geração para as crianças mas, esta adaptação amedrontadora e bem sombria para o cinema, mostra que nem sempre todo conto de fadas são só encantamento. A história se passa em um passado distante em um pequeno vilarejo passando um período de grande miséria por conta da peste e pela desesperança. Maria (Sophia Lillis) e seu irmão mais novo João (Sam Leakey) tentam de todos as maneiras encontrar um meio de levarem comida para casa onde, depois da morte do pai, falta tudo. Expulsos da própria casa pela mãe, que obrigava Maria a trabalhos humilhantes, pela sobrevivência eles decidem partir para a floresta em busca de um lugar para viver e de alimentos. Ao adentrarem na floresta são atraídos pelo delicioso cheiro de comida de uma casa e ali encontram Holda (Alice Krige) uma mulher misteriosa que se prontifica a ajudá-los. Mas, suas intenções não são aquilo que aparentam. O diretor Oz Perkins, filho do ator Anthony Perkins, apostou em um clima bem sombrio para que o mistério e o terror estivessem sempre presentes. O que muito contribuiu para isto é um visual fantástico em torno da casa e da floresta. O grande acerto do filme, além do visual, é o bom desempenho dos atores mirins. Outro lance dentro do roteiro é a transição de Maria descobrindo a si mesma, mostrando o poder da mulher. Um filme de terror bem fora dos padrões comuns, que se encaixa muito bem para o público adolescente e adulto.