JUDY – MUITO ALÉM DO ARCO-IRIS
Adaptado da peça teatral “End of the Rainbow” e com direção de Rupert Goold, este filme é a cinebiografia de um dos ícones do cinema: Judy Garland (Renée Zellweger), a inesquecível Dorothy de O Mágico de Oz. O roteiro acompanha seus passos em 1968, um ano antes de sua morte aos 47 anos. Com histórico de algumas tentativas de suicídios e uma internação em uma clínica, a garotinha antes a queridinha da América, não conseguiu superar os problemas da vida adulta. Com a carreira em decadência, enfrentando problemas financeiros e emocionais, ela parte para Londres para uma turnê de shows. Sofrendo com a separação dos filhos menores, quando retorna ela volta a sofrer com a solidão e mais uma vez com os problemas com abuso de álcool e antidepressivos. Judy Garland era carismática, dona de um grande talento, com uma belíssima voz e amada pelo público. Mas, foi abusada emocional, fisicamente e até financeiramente pelo todo poderoso da MGM, Louis B. Mayer, num contrato profissional abusivo, controlando sua vida, prejudicando sua saúde obrigando-a tomar drogas para emagrecer resultando nos vícios de álcool, drogas e cigarros. Além de apresentar o lado negro da indústria cinematográfica, o filme apresenta flashes da rígida rotina a que Judy foi submetida durante sua adolescência, mas o foco principal é todo seu sofrimento no último ano de sua vida. Conta ainda com uma bela e caprichada fotografia. Mas, o que se destaca mesmo é a fantástica interpretação de Renée Zellweger que lhe valeu o Oscar de Melhor Atriz este ano. Renée conseguiu uma perfeita caracterização de Judy com todos seus tiques, além de conseguir fazer um timbre de voz muito parecido com a dela. Este é seu segundo e muito merecido Oscar, nesta perfeita personificação de Judy Garland. Ainda de quebra, ela presenteia o espectador com as mais conhecidas canções de Judy. Completam o elenco Jessie Buckley, Finn Wittrock e Rufus Sewell.
Sessão pipoca – Anna Maria Chiavenato
