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Servidores querem reajuste de 16,04%

O funcionalismo público de Ribeirão Preto quer reajuste salarial de 16,04% este ano. São 10,25% de aumento real – com base na evolução de crescimen­to da arrecadação municipal – e mais 5,79% para repor as perdas inflacionárias do ano passado, quando o Índice Na­cional de Preços ao Consumi­dor Amplo – indexador oficial de preços – fechou em 5,79%.

Assembleia
A pauta econômica da ca­tegoria foi aprovada durante assembleia geral, realizada na noite de segunda-feira, 27 de fevereiro, na sede do Sindica­to dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSMRPGP). A data-base do funcionalismo público ribeirão-pretano é 1º de março.

Vale e abono
Também foi aprovado o pe­dido de reposição de 20% no vale-alimentação e o pagamento de abono para todos os traba­lhadores da ativa e inativos, no valor de R$ 600 pelo período de um ano. Atualmente, o vale-re­feição dos servidores que cum­prem jornada de 40 horas sema­nais é R$ 978. Com o aumento, passaria para R$ 1.173,60.

Nos itens gerais, a categoria pede o pagamento de licença­-prêmio para todos os servi­dores com o abono vencido, de preferência no mês de aniversá­rio do trabalhador, e a compra de dez dias de férias. O sindica­to justifica os dois pedidos de­vido ao que chama de “quadro reduzido de funcionários”.

Cenário
Ribeirão Preto tem 14.970 servidores na ativa e 6.400 apo­sentados e pensionistas que re­cebem benefícios do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM). “Quanto mais servidores estiverem trabalhando, melhores serviços são prestados aos ribei­rão-pretanos”, afirma o presiden­te do sindicato, Valdir Avelino.

O SSM-RP também definiu a criação de uma Comissão Per­manente de Negociação para a discussão dos itens não econômi­cos de cada secretaria, autarquia e fundação. As propostas foram entregues para a Comissão de Política Salarial da prefeitura de Ribeirão Preto na tarde desta ter­ça-feira, 28 de fevereiro.

Os secretários Alessandro Hi­rata (Casa Civil) e Antonio Daas Abboud (Governo) receberam o documento das mãos de Val­dir Avelino. No ano passado, o acordo de reajuste salarial da ca­tegoria foi assinado pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) e o pre­sidente do Sindicato dos Servido­res Municipais de Ribeirão Preto.

Ano passado
Os servidores tiveram au­mento de 10,60%, retroativo a 1º de março (data-base), referente à inflação acumulada em doze me­ses – de março de 2021 a fevereiro de 2022 –, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumi­dor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mesmo percentual incidiu sobre o vale-alimentação dos servidores da ativa e no auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas. Além disso, em dezembro, a prefeitura deu um abono de R$ 500 para cada um dos servidores municipais da ati­va, no vale-refeição. A concessão atingiu oito mil trabalhadores da administração direta e indireta, ao custo de R$ 5 milhões.

A pauta econômica, aprova­da na assembleia de 23 de feve­reiro, defendia reajuste salarial de 16,08%. Este percentual envolvia a inflação acumulada em doze meses, de 10,60%, além da perda inflacionária de 4,48% de 2020 – ano em que os trabalhadores ficaram sem reposição salarial.

A categoria também pedia o pagamento de mais 1% de au­mento real, totalizando 16,08%. Havia três anos que o funcionalis­mo de Ribeirão Preto estava sem reajuste salarial. Em 28 de maio de 2020, por causa da pandemia de coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei número 173/2020 que congelou o salário dos funcionários públi­cos federais, estaduais e munici­pais até o final de 2021.

Greve
Em 2019, os servidores prota­gonizaram a mais longa greve da história de Ribeirão Preto – teve início em 10 de abril e foi suspensa em 3 de maio, depois de 23 dias de paralisação e protestos. A categoria pedia reajuste de 5,48% – 3,78% de reposição da inflação com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e mais 1,7% de aumento real.

Porém, não receberam um centavo de aumento. Em 2018, depois de dez dias de greve, que terminou em 19 de abril, foi con­cedido reajuste salarial de 2,06% com base no INPC, com acrésci­mo de 20% de ganho real, totali­zando 2,5% de aumento.

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