Os servidores municipais e Ribeirão Preto rejeitaram o reajuste de 5,06% nos salários e de 7% no vale alimentação oferecido pela prefeitura para a data-base deste ano, que acontece este mês. A proposta foi feita pela administração municipal nesta terça-feira, 25 de março, em reunião com o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSMRPGP) e rejeitada, no mesmo dia, em assembleia realizada às 18 horas na sede do Sindicato A assembleia já estava marcada anteriormente para discutir assuntos relacionados a data base.
A categoria quer reposição salarial de 10,88%, sendo 4,96% relativos ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de março de 2024 a fevereiro de 2025 mais 5,92% de aumento real, tendo como base a projeção do aumento na arrecadação do município. Também pedem reajuste no Vale alimentação de 15%. Atualmente para os servidores com jornada de 40 horas semanais ele é de aproximadamente R$ 1.200,00.
Para os aposentados e pensionistas o Sindicato pede aumento do auxílio nutricional de R$ 300 para R$ 500 reais e aumento na tabela de quem recebe o mesmo. Hoje o vale nutricional é pago para quem ganha até R$ 3 mil reais e o pedido é que se pague para quem ganha até R$ 5 mil reais.
A proposta inclui ainda, para os aposentados e pensionistas, reparação das perdas inflacionárias dos anos de 2019, 2020 e 2021, num total de 14,71%, atendendo de forma isonômica todos os servidores em razão da Lei 14.806/2023. A referida lei fixou o subsídio mensal do prefeito, vice-prefeito e secretários, e dos vereadores,
Os servidores querem também o pagamento de Abono Natalino para os trabalhadores da ativa e aposentados e pensionistas no mês de dezembro. Atualmente, a prefeitura tem 13 mil servidores, entre os da ativa e os aposentados e pensionistas.
Professores sem redução
Na reunião realizada com a prefeitura ficou acertado que os 517 professores atingidos pela decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), no final do ano passado, que considerou inconstitucionais trechos da lei 2.524/2012, não terão redução salarial.
Em 2012, na gestão da então prefeita, Darcy Vera, foi aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo Executivo a referida lei que estabeleceu em 58 horas-aula a jornada de trabalho dos professores da rede municipal de Ribeirão Preto. A lei foi questionada na Justiça em uma Ação Direta e Inconstitucionalidade (Adin) e o TJ a considerou inconstitucional. Atualmente a prefeitura tem cerca de 4 mil professores.