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Servidores – Discriminação pode dar punição administrativa

FOTO: ALFREDO RISK/ARQUIVO

Projeto protocolado na Câmara de Vereadores quer incluir, no Estatuto dos Ser­vidores Municipais de Ri­beirão Preto, a proibição de discriminação nos locais de trabalho em razão de orien­tação sexual, gênero ou raça, com punição administrativa para essas práticas que já são consideradas crimes.

A medida propõe inclusão do texto no artigo 239 da lei número 3.181, de 1976, que elenca todas as atribuições dos funcionários públicos no exercício de suas funções. A proposta é da vereadora Duda Hidalgo (PT). Ela justi­fica a inclusão do texto como forma de resguardar o respei­to e dignidade nas relações dos servidores entre si, assim como entre funcionários pú­blicos e munícipes e usuários dos serviços públicos.

“A discriminação em ra­zão de gênero, raça e orienta­ção sexual jamais pode ser to­lerada, sendo importante sua explícita vedação, de modo a demonstrar o rigor desta mu­nicipalidade com o respeito às minorias e permitir a cor­reta apuração e responsabili­zação nos casos em que ações discriminatórias ocorrerem”, diz parte da justificativa.

Afirma ainda que, nos últimos anos, diversos avan­ços legislativos ocorreram na defesa dos direitos da popu­lação LGBTQIA+, negra e das mulheres em todo o país. “Diante do contexto, a adição deste inciso no Estatuto dos Servidores é um importante passo para que Ribeirão Pre­to seja referência no respeito a práticas de direitos huma­nos e legislações cidadãs e inclusivas”, conclui.

Caso o projeto seja apro­vado, o servidor municipal que cometer a discrimina­ção responderá a processo administrativo e, se o ato for comprovado, ficará sujeito às penalidades previstas, que podem variar de advertência simples até demissão, depen­dendo do caso.

A prefeitura de Ribeirão Preto tem 16.631 servidores, segundo informação oficial divulgada pelo governo quan­do vendeu a folha de paga­mento para a Caixa Econô­mica Federal, no início deste mês de julho. Porém, cerca de 6.300 são aposentados e pen­sionistas do Instituto de Pre­vidência dos Municipiários.

Ou seja, caso o projeto seja aprovado e sancionado pelo prefeito Duarte No­gueira (PSDB), valerá para aproximadamente 10.300 tra­balhadores da administra­ção direta e da indireta. A proposta da vereadora Duda Hidalgo não tem data para ser votada em plenário e de­pende de parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

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