Tribuna Ribeirão
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Servidor segue sem o ‘prêmio’

Funcionários públicos de Ri­beirão Preto invadiram a Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 5 de dezembro, à espera de uma definição sobre a reposição do prêmio-incentivo, extinto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) com base em ação direta de inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela Procuradoria­-Geral de Justiça (PGJ). Uma parte pedia aos parlamentares que apro­vassem o novo projeto do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) sem emendas, enquanto a outra defendia mudanças na proposta do Executivo.

Prevaleceu a vontade do Sin­dicato do Servidores Municipais de Ribeirão Preto e da Associação dos Municipiários Aposentados e Pensionistas (Amap), que de­fendia a aprovação de emendas ao projeto que altera o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para garantir o valor re­ferente à gratificação. A proposta foi aprovada por unanimidade, com uma emenda supressiva, retirando do texto do projeto os artigos 11, 12 e 13 que tratavam da forma de cálculo do quinqu­ênio e da sexta-parte e das faltas abonadas. Ainda na noite de on­tem, o secretário de Governo e da Casa Civil, Nicanor Lopes, anun­ciou que o prefeito vai baixar novo veto. Assim, o funcionalismo segue sem a reposição e continua com os salários reduzidos.

Pouco antes do início da ses­são, os servidores municipais par­ticiparam de assembleia, no pátio da Câmara. Queriam que o Legis­lativo derrubasse o veto ao projeto anterior (nº 85/17), aprovado na semana passada e vetado na ínte­gra pelo prefeito Duarte Noguei­ra. Apesar dessa proposta ter sido aprovada, a categoria demonstrou, ao lotar o plenário, que está divi­dida – cartazes com mensagens como “Solução tem. Derruba o veto” dividiam espaço com outros com pedido completamente dife­rente: “Aprovação do novo projeto sem emendas já”.

Essa última situação, a aprova­ção do novo projeto (o de nº 85) sem emendas, era o grande desejo do Executivo. Mas os vereadores optaram por acrescentar a emen­da supressiva, retirando os artigos considerados prejudiciais à catego­ria. Lincoln Fernandes (PDT), es­colhido para explicar na tribuna o que os parlamentares fariam, disse que a prefeitura não tem como ve­tar a emenda supressiva. Ou aceita o projeto como saiu da Câmara ou terá de vetá-lo na íntegra.

Duarte Nogueira já havia anunciado que se a Câmara apro­vasse o projeto sem emendas, uma folha suplementar seria liberada já na semana que vem. Mas como foi aprovada com emenda, o novo projeto será vetado, como o an­terior. Nesta quarta-feira, dia 6, o funcionalismo receberá o salário de novembro já com o desconto do prêmio-incentivo.

O prefeito vetou o projeto an­terior, aprovado com emendas, porque elevaria a despesa com pessoal em cerca de 9% e poderia atingir o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 51,3, gerando processo por im­probidade administrativa. Ainda segundo a administração, isso geraria um gasto extra de R$ 84,5 milhões por ano. A gratificação era paga desde 1994.

Uma das maiores reclama­ções dos servidores é a mudança no Estatuto do Funcionalismo Municipal, que prevê o cálculo do quinquênio e da sexta-parte so­bre a remuneração total (salário­-base mais gratificações). Como a prefeitura faz a conta sobre o salário-base, milhares de servido­res foram à Justiça e conseguiram decisões favoráveis para o cálculo sobre o vencimento bruto.

Com a aprovação do projeto do governo, sem emendas, se­ria oficializado o cálculo sobre o salário-base, e quem tem ações judiciais em tramitação perderia a causa – quem tem sentença transi­tada em julgado não seria afetado. Na reunião da última sexta-feira, 1º de dezembro, os vereadores as­sumiram o compromisso de votar o projeto nesta terça-feira. O pre­feito garante que nenhum funcio­nários teria perdas com o projeto original e se comprometeu a revi­sar caso a caso se houvesse redu­ção nos vencimentos.

LOA – A Câmara convocou sessão extraordinária para a tarde desta quinta-feira, dioa 7, às 16 horas, para a votação da Lei Or­çamentária Anual (LOA) d 2018.

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