Tribuna Ribeirão
Política

Serviço de Verificação de Óbitos – Diretora confirma a falta de profissionais

ALFREDO RISK

A diretora do Serviço de Ve­rificação de Óbitos do Interior de Ribeirão Preto, Simone Gus­mão Ramos, afirmou na quin­ta-feira, 22 de agosto, em de­poimento à Comissão Especial de Estudos criada para apurar atrasos na liberação de corpos na cidade, a popular “CEE dos Mortos”, que faltam profissio­nais na equipe, o que dificulta a agilidade dos trabalhos. De acordo com ela, essa defasagem obrigou a alteração no horário de funcionamento do SVO-I.

O SVO-I atende nas depen­dências do Centro de Medicina Legal (Cemel) e é subordinado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – ligada à Uni­versidade de São Paulo (USP). A comissão da Câmara é presi­dida por Igor Oliveira (MDB) e conta ainda com a participação de Marinho Sampaio (MDB) e Luciano Mega (PDT).

Antes, a unidade atendia 24 horas, e a agora abre das sete da manhã às 19 horas. No dia 15, o ex-diretor Marco Aurélio Gui­marães, que estava no cargo até agosto do ano passado, revelou o déficit de mão de obra. Segundo o médico, dos seis técnicos de necropsia necessários, três não trabalham mais no local e um está afastado. A unidade tem quatro patologistas, quando o ideal seriam seis. A CEE dos Mortos foi criada porque várias famílias reclamaram da demora para conseguir a liberação dos corpos de parentes.

Em determinados casos, a es­pera para conseguir o documen­to com a causa da morte chega a 15 horas. Guimarães disse que a situação acontece, na maioria das vezes, porque os corpos são encaminhados à necropsia sem necessidade, alguns até mesmo com a causa da morte já defini­da no atestado de óbito. Ele re­velou ainda que cada necropsia leva cerca de três horas e que, em certas ocasiões, os corpos são entregues de uma só vez. O ex-diretor ressalta também que o SVO-I poderia ter fechado, já que o déficit de funcionários so­brecarrega o trabalho. Em 2018, foram realizadas 783 necropsias, média de duas por dia.

Gestora do órgão desde 2018, Simone Gusmão tam­bém afirmou que atualmente também está sendo feita uma reestruturação do sistema de atendimento para minimizar a demora, não apenas do SVO-I, mas também de toda a rede de saúde. A ideia é estabelecer um fluxograma que defina as priori­dades e necessidades do atendi­mento e da liberação dos corpos.

De acordo com Igor Olivei­ra, já foram levantadas informa­ções de que a demora não é um problema exclusivo do SVO-I, mas que atinge outros setores da rede de saúde e que, a partir de outras oitivas, será possível o aprofundamento sobre o tema e a apresentação de sugestões e medidas a serem adotadas pelos responsáveis por este serviço.

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