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Separação de siamesas completa um ano 

Em 2023, a quarta e última neurocirurgia teve início às sete horas do dia 19 e durou cerca de 27 horas: na manhã de 20 de agosto, as meninas foram separadas 

A cirurgia de separação das siamesas craniópagas Allana e Mariah, hoje com três anos e oito meses, aconteceu há um ano, em 20 de agosto de 2023 (Alfredo Risk)

A cirurgia de separação das siamesas craniópagas Allana e Mariah, hoje  com três anos e oito meses, aconteceu há um ano, em 20 de agosto de 2023,  e a data é motivo de comemoração entre os profissionais do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e do HC Criança, da família e de todos os que acompanharam o caso.  
 
Em 2023, a quarta e última neurocirurgia teve início às sete horas do dia 19 e durou cerca de 27 horas. Na manhã do dia 20 de agosto, as meninas foram separadas e levadas para a unidade de cuidados intensivos. Nesse período, a família voltou para Piquerobi, a cidade de origem no interior de São Paulo. As meninas frequentam três vezes por semana a reabilitação e são muito ativas adoram brincar, falar, cantar, passear e comer.  
 
O médico que liderou a equipe no caso, o neurocirurgião, professor e doutor Hélio Rubens Machado, enviou uma mensagem de felicitação às irmãs: “Um ano se passou… quem diria! O dia em que lutaram bravamente para sobreviver. E mais de 50 pessoas também! E hoje estão sorrindo para o mundo, de frente para o futuro”. 
 
Nesta semana, as meninas terão consulta e exames. Na sexta-feira (26), ás 9h30, a mãe Talita Cestari e a doutora Ana Paula Carlotti, chefe da Pediatria Intensivista do HC Criança, vão falar mais sobre a evolução das meninas. Não há confirmação da presença do pais das gêmeas, Vinícius Cestari. 
 
Ao longo de doze meses, foram realizadas quatro neurocirurgias meticulosas que culminaram na completa separação das cabeças de Allana e Mariah, além de um procedimento cirúrgico em que foram inseridas bolsas de silicone abaixo do couro cabeludo e coleta de células-tronco das irmãs. 
 
A primeira – A incidência de gêmeos unidos pela cabeça é extremamente rara, representando um caso em cada 2,5 milhões de nascimentos.  No Brasil, a primeira separação de siamesas craniópagas, as gêmeas Maria Ysadora e Maria Ysabelle, ocorreu em outubro de 2018, após cinco procedimentos cirúrgicos, pela equipe do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e HC Criança.   
 
Nos Estados Unidos, uma cirurgia de separação como a delas custa cerca de R$ 9 milhões. O caso foi acompanhado pelo médico norte-americano James Goodrich, referência internacional em intervenções com gêmeos siameses e que faleceu por covid-19 em 2020. 
 
Em 22 de novembro dom ano passado, uma cerimônia uniu a direção do HC, médicos, enfermeiros e diversos profissionais das equipes multidisciplinares que acompanharam os dois casos de separação de gêmeas unidas pela cabeça.  
 
Participaram profissionais que atuaram nas cirurgias, das internações e da reabilitação. Também estiveram presentes médicos e pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hemocentro. As famílias foram o grande destaque da festa. 
 
Allana e Mariah estavam acompanhadas de seus pais, Talita e Vinicius Cestari, e Maria Ysadora e Maria Ysabelle vieram do Ceará com seus pais, Débora e Diego Freitas. As meninas entregaram os buquês em homenagem aos chefes das equipes. As mães também receberam um buquê em agradecimento à confiança e parceria. 
 

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