Tribuna Ribeirão
Economia

Senado aprova ‘auxílio-gasolina’

EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO

O Senado aprovou nesta quinta-feira, 10 de março, o projeto que cria uma conta de estabilização dos preços dos combustíveis no país, incluin­do um auxílio para motoristas de baixa renda e a ampliação do vale-gás pago a famílias ca­rentes. O texto ainda terá que passar pelo crivo da Câmara dos Deputados.

A votação ocorreu no dia em que a Petrobras anunciou um aumento de 18,7% na gasolina, de 24,9% no diesel e de 16% no gás de cozinha, para recuperar uma defasagem em relação aos preços no mercado internacio­nal. O anúncio provocou reação no Senado e aumentou a pressão pela aprovação do pacote.

De última hora, o relator do projeto, Jean Paul Prates (PT-RN), incluiu um dispositi­vo que força a Petrobras a usar os lucros arrecadados em 2022 na amenização dos preços ad­ministrados pela própria esta­tal. Dessa forma, os senadores cobram que a petrolífera tam­bém ofereça uma “parcela de contribuição” na crise. O tre­cho, contudo, não faz referên­cia a anos futuros.

O projeto cria uma conta de estabilização, autorizando o go­verno federal a aportar recursos para minimizar o impacto de altas sucessivas na bomba. Os recursos para abastecer a conta incluem os dividendos da Pe­trobras pagos à União, especi­ficamente a parcela arrecadada acima do previsto no Orça­mento, e as receitas do pré-sal, além de outras fontes relacio­nadas ao petróleo.

O Senado também aprovou no mesmo projeto a criação de um auxílio-gasolina a motoris­tas de baixa renda. O custo é de R$ 3 bilhões e beneficiaria mo­toristas autônomos, taxistas e motociclistas de aplicativo com renda familiar mensal de até três salários mínimos. O benefício, porém, esbarra na lei eleitoral, que proíbe a criação de novos subsídios em ano de eleições.

No mesmo projeto, o Sena­do aprovou a ampliação do va­le-gás pago a famílias carentes, estendendo o benefício a onze milhões de famílias, o dobro do público atendido atualmente. O impacto é de R$ 1,9 bilhão, tam­bém submetido ao teto de gas­tos. Os senadores se mobilizam para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tirar as amarras fiscais des­ses benefícios, mas a PEC ainda não andou.

O Senado também aprovou, por 68 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção, o texto-base do projeto que al­tera o modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos Estados, sobre os combustíveis e que isenta a aplicação do Programa de Inte­gração Social (PIS) da Contri­buição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tri­butos federais, sobre o diesel e o gás de cozinha até o fim do ano.

Os destaques foram rejeita­dos e dependem agora de análi­se da Câmara. O texto enfrenta resistência de governos estadu­ais, que não querem abrir mão de arrecadação em ano eleitoral. O projeto entrou em um impas­se eleitoral. Governadores não querem turbinar o discurso do presidente Jair Bolsonaro de que o vilão da alta é o imposto cobra­do pelos Estados.

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