Como era previsto entre os investidores, o Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano (a.a.). Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), a decisão é a melhor para o atual momento, marcado por inflação alta e quadro fiscal ainda incerto, exigindo prudência. A justificativa para que os juros permaneçam em patamar elevado é a inflação, ainda pressionada, com projeção de concluir o ano, mais uma vez, acima do teto estipulado pelo BC. Além disso, o pedido de recuperação judicial por parte de uma grande varejista brasileira trouxe à tona a discussão de antecipar o ciclo de redução da taxa de juros, uma vez que o empreendimento tinha alta credibilidade no mercado de crédito e, ao prejudicar bancos e empresas, com o não cumprimento dos pagamentos, uma maior aversão ao risco recaiu sobre todos, consumidores e empresas. Esta situação se traduz em mais seletividade e juros mais altos. Ainda segundo a Fecomercio-SP, argumenta-se também que os juros elevados têm gerado consequências negativas para o crescimento econômico. No quarto trimestre de 2022, por exemplo, foi registrado resultado mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o juro real elevado desestimula investimentos produtivos, pois se torna mais atrativo manter o capital em aplicações financeiras. Desta forma, há redução nas gerações de emprego e renda. Cabe ao Banco Central preservar o valor da moeda e conseguir se manter entre os limites estabelecidos para a meta de inflação. De acordo com a Fecomercio-SP, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e as negociações de compra do banco Credit Suisse também pedem cautela. Outro ponto que vale ser ressaltado é que, no cenário doméstico, o governo ainda não apresentou o seu arcabouço fiscal, muito esperado por investidores e empresários. É necessário que haja uma indicação rápida acerca da regra de gastos do orçamento que será adotada. Somente assim será possível projetar possíveis mudanças na carga tributária e os impactos à inflação.
Hábitos de consumo dos millennials são cada vez mais digitais
Pesquisa realizada pela ESW, especializada em comércio eletrônico, mostra que os hábitos de consumo dos millennials será cada vez mais digital. É importante destacar que o comportamento de compra desse grupo, que envolve pessoas entre 25 e 40 anos, costuma orientar as estratégias do comércio.
Pelo estudo, 73% dos 16 mil millennials entrevistados em 16 países disseram que planejam gastar o mesmo ou mais on-line este ano. Apenas 15% disseram que irão gastar menos.
Além disso, entre os que planejam gastar mais, 27% informaram que irão gastar “significativamente mais” on-line e menos na loja física.
Ajuste na inflação amplia previsão para o setor de turismo
Confira as informações mais relevantes para o turismo na quarta edição do Check In – boletim trimestral da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A publicação digital ressalta o ajuste na inflação para o setor, que prevê mais gastos aos gestores, a despeito do barateamento dos custos. A estabilização no preço das passagens e a recuperação do setor corporativo são outros temas de destaque.
Em razão dos pontos positivos citados anteriormente, a estimativa é de que 2023 seja um ano promissor para o turismo. Além disso, os números do quarto trimestre do ano passado, expostos em uma tabela consolidada com os principais indicadores, apontam elevação.
Como desafio, a escassez de mão de obra merece atenção das empresas neste momento, para que os negócios não sejam afetados negativamente. Em contrapartida, dicas para expandir as operações e conquistar clientes.