O ator Henry Cavill interpreta o bruxo Geralt de Rívia. Primeira temporada de “The Witcher” fez sucesso
Na última sexta-feira, 17, a trama do bruxo Geralt de Rívia (Henry Cavill) voltou à Netflix. Dois anos após a estreia da primeira temporada, “The Witcher” retornou ao catálogo do serviço de streaming com oito novos episódios.
A nova temporada começa com o final da Batalha de Sodden, que aconteceu no último episódio da anterior e que se encerrou com o exército de Nilfgaard derrotado, com a ajuda da poderosa feiticeira Yennefer (Anya Chalotra). A história segue em frente com seu desaparecimento e a suspeita de sua morte pelos outros personagens da série, incluindo Geralt, o que causa bastante comoção nos primeiros episódios.
Depois de um encontro no final da primeira temporada, agora, Geralt tem a companhia da princesa Ciri em seu caminho, que durante a segunda parte da história vai precisar aprender a lidar com seus poderes e com segredos de seu passado. “Ela aprendeu muitas coisas”, diz Freya Allan, que interpreta a personagem, em entrevista. “Ela está tentando superar o medo que tem de seu poder e ser capaz de ter mais controle sobre ele”, continua.
A relação entre Geralt e Ciri é uma das mais significativas tramas da temporada, segundo Lauren Schmidt Hissrich, Produtora Executiva e showrunner da série. “Eles vão de completos estranhos no episódio 8 da primeira temporada e até o final da segunda temporada, eles aprendem a se tornar confiantes e vulneráveis juntos”, conta. Na nova etapa da história os espectadores também são apresentados a novos personagens, como Vesemir, o mais velho dos bruxos, que é como um pai para Geralt e seus companheiros. Vesemir é interpretado por Kim Bodnia.
Durante a maior parte da segunda temporada, Ciri está em Kaer Morhen, a fortaleza onde os últimos bruxos vivem. Geralt a leva para lá para que possa estar em segurança enquanto tenta desvendar mistérios sobre o passado da moça. Ao longo dos episódios, a série acompanha a evolução da menina, que se esforça em aprender a lutar para enfrentar inimigos, que invariavelmente virão, além de encontrar na fortaleza uma nova família.
O trio formado na primeira temporada está desfeito. Yennefer, Jaskier e Geralt estão em caminhos diferentes nesta temporada. Além de cuidar de Ciri, Geralt segue enfrentando monstros que aparecem ao longo da história. O bruxo segue lamentando a suposta perda de Yennefer.
Já a feiticeira precisa enfrentar novos desafios internos e com outros magos ao longo dos episódios. “Yennefer pode se relacionar completamente com a experiência de Ciri, com o que ela está passando”, diz Anya. E como as duas passam um tempo juntas, ambas se ajudam nas suas jornadas. Já Jaskier, vivido pelo ator Joey Batey, terá uma participação importante na trama, especialmente em relação à perseguição sofrida pelos elfos.
Minoria perseguida
Na segunda temporada, a guerra ainda não acabou. Os elfos seguem sendo perseguidos, presos e mortos. No entanto, há esperança para eles, que surge de uma aliança impensada até o início da temporada.
A série da Netflix é baseada nos livros do escritor polonês Andrzej Sapkowski, e continua a história dos povos élficos como minoria preterida. Escrita há cerca de trinta anos, o tema ainda é atual. “Ele (Sapkowski) usa seu trabalho para sustentar espelhos para a sociedade”, diz Batey.
Para o ator, “os escritos de Sapkowski e a continuação dessas histórias por Lauren (showrunner da série), são uma exploração de nosso mundo, mas sem oferecer respostas concretas”. É preciso que os próprios espectadores tirem conclusões acerca do que estão vendo, inclusive em relação às questões políticas e sociais postas na tela.
Pandemia
Assim como grande parte das produções que estrearam ao longo do segundo semestre de 2021, a produção de “The Witcher” foi obrigada a parar por conta da pandemia durante um tempo. “Nós trabalhamos por três semanas e tivemos que parar. E demoramos cerca de cinco meses para voltar à produção bem devagar”, explica Lauren. Ela também diz que foram necessárias algumas adaptações criativas por conta das restrições impostas pelo vírus.
Quase em consonância com a produtora, Batey, Anya e Mimi M. Khayisa, que vive a feiticeira Fringilla Vigo, concordam que uma das etapas mais difíceis da produção foi lidar com a pandemia. “Veio o conhecimento de que isto é novo para todos nós, o que nos trouxe um senso de unidade”, pontua a atriz.