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Segregar e humilhar os mais pobres são palavras da modernidade

Já tivemos momentos terríveis na nossa história, cuja degradação humana chegou ao ápice da crueldade, como nos mais de trezentos anos de escravidão dos povos africanos. E isso criou no Brasil, uma elite que não admite que tenhamos um País mais igualitário. Não permitir que a educação básica pública cumpra a sua função constitucional é uma questão de honra.

Falar em educação básica pública nas campanhas eleitorais é o modo mais eficaz para sofismar em cima dos mais pobres. Mas não falam em resolver questão crucial, que é a existência de duas redes distintas, e parcialmente apartadas para atender o mesmo público: “os mais pobres”, já que a qualidade tão decantada fica restrita a rede privada – coisas do Brasil.

O que esperar de um país em que apenas seis afortunados (bilionários) têm as suas riquezas equivalente a cem milhões de brasileiros mais pobres. O espirito escravocrata que domina boa parte da elite branca enxerga os mais pobres como seres humanos inferiores, e como tal devem ser tratados. Acham que os conhecimentos devem ficar restritos aos ungidos que vão comandar, e trabalham para que a educação básica pública, que foi criada para os mais pobres nunca atinja a qualidade, que os faça aproximar das classes sociais privilegiadas, e diminuir drasticamente o abismo existente.

A maioria da população recebe um serviço público de péssima qualidade, e proporcionalmente contribui com mais impostos, não vislumbra uma solução em curto prazo, acha que é o destino, ou sinal dos tempos. Não há uma política de Estado que faça aproximar as classes sociais, e o novo liberalismo que impinge o deus mercado, que se sobrepõe sobre a vida dos seres humanos. A falta de conhecimento leva a população a votar em candidatos, que depois de eleitos vão cuidar dos interesses de quem os financiou – afinal quem contribuiu financeiramente tem que ter os seus interesses atendidos primeiro – é a lei!

Em São Paulo o prefeito fanfarão, mandou produzir um composto “nutricional” para matar a fome dos desvalidos, como um bom samaritano que é, contratou uma empresa para produzir o tal alimento, que tem como matéria prima alimentos que estão no limite da data de vencimento, ou vencidos ao qual deu o nome de ”farinata”.E para dar credibilidade a sua invencionice, o cara de pau disse que a sua “farinata” tinha sido aprovada pela ONU (Organizações das Nações Unidas), e que seu alimento ganhou um premio da FAO, que é um braço das Nações Unidas que cuida da agricultura e alimentação.

Mas foi tudo desmentido pelas entidades, que disseram não conhecer a farinata do malandro. E para completar a falsidade ideológica, o endereço aonde deveria funcionar a tal fábrica é uma residência familiar. E como ele é um prefeito preocupado com a educação básica, (como tantos outros do seu partido), disse que vai distribuir a grande novidade “nutricional” nas escolas da rede pública municipal de São Paulo, para reforçar a merenda escolar. O Programa Fome que foi ressuscitado não precisa mais se preocupar com a arrecadação de alimentos – basta recorrer à ração do Doria.

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