Tribuna Ribeirão
Política

Segovia diz que irá manter investigação contra Temer

Depois de se dizer lisonjeado com a presença de Michel Te­mer em sua cerimônia de posse, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, disse que o presidente continuará a ser investigado com a “celeridade de todos os outros inquéritos”. A afirmação de Segovia sobre a continuidade das investigações se deu diante da insistência de jornalistas. Em um primeiro momento, o novo diretor-geral havia dito que as investigações contra o peemedebista já haviam sido concluídas.

“Não temos mais nada a exe­cutar dentro dessas investigações que estão à disposição do Supre­mo Tribunal Federal”, afirmou, em relação aos dois inquéritos que apuravam o crime de corrup­ção, obstrução de justiça e organi­zação criminosa, que a Câmara dos Deputados decidiu não dar prosseguimento. Contraditado sobre a existência da investigação sobre possíveis irregularidades na elaboração da MP dos Portos, que supostamente concedeu benefí­cios à empresa Rodrimar, Segovia voltou atrás e afirmou que Temer “continuará a ser investigado”.

Fernando Segovia, disse que buscará o “combate incansável à corrupção” à frente do cargo, afirmou que a Lava Jato continu­ará sendo a agenda prioritária da corporação e criticou a disputa institucional de poder entre a PF e o Ministério Público Federal que, na sua visão, apenas beneficia o crime organizado.

Segovia participou na manhã desta segunda-feira da cerimônia de transmissão de cargo, no salão negro do Ministério da Justiça. Prestigiaram a solenidade o pre­sidente Michel Temer, o presiden­te do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.

“Nesse vendaval de dúvidas e questionamentos quanto ao futuro da Polícia Federal, gos­taria de reafirmar que a minha postura, como tradição, é de obedecer sempre e estritamente às leis e à Constituição, respei­tando os direitos humanos e ao mesmo tempo a independência no cumprimento do meu de­ver”, discursou Segovia.

O novo diretor-geral da PF disse ter consciência de estar “com os pés no chão” diante dos desafios impostos ao cargo e defendeu a unidade dentro da corporação.

“É nesse espírito de equipe, todos unidos, que buscaremos o combate incansável à corrupção no Brasil, que continuará sendo a agenda prioritária da Polícia Federal, tendo como premissa a continuidade de operações espe­ciais, tais como a Lava Jato, Cui Bono, Cadeia Velha, Lama Asfál­tica e tantas outras em andamen­to nos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal e nas varas da Justiça”, ressaltou Segovia.

“Necessitaremos cada vez mais de uma Polícia Federal forte, una e indivisível, com to­dos os seus servidores, forman­do um time harmônico, extre­mamente profissional. Hoje somos mais de 11 mil heróis anônimos que trabalham dia e noite para garantir um Brasil melhor para todos”, afirmou.
Vaidade – O novo diretor­-geral da PF também destacou na solenidade que “há hoje uma in­feliz e triste situação de uma dis­puta institucional de poder” entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF).

“Mas confio muito no espí­rito de maturidade institucional e profissional dos membros des­sas instituições, que neste mo­mento têm a oportunidade de escrever um novo capítulo em sua história, deixando de lado a vaidade e a sede de poder, bus­cando um equilíbrio e entendi­mento em nossas ações em prol de toda a nação brasileira, pois o único que se beneficia com essa disputa é o crime organizado”, comentou Segovia.

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