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Economia

Secretário vai explicar PGV

Nesta terça-feira, 7 de novem­bro, o secretário municipal da Fa­zenda, Manoel Jesus Gonçalves, estará na Câmara de Ribeirão Preto para explicar o projeto da revisão e Planta Genérica de Va­lores (PGV) – que serve de base para cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) – aos vereadores. A sessão extraordiná­ria terá início às 15 horas.

A convocação atende a re­querimento de Marcos Papa (Rede Sustentabilidade), presi­dente da Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização, Con­trole e Tributária. Gonçalves já disse ao Tribuna que o objetivo da administração municipal é a justiça fiscal. Em 2012, o rea­juste do IPTU foi limitado em 130%, mas imóveis da Zona Norte, que sofreram deprecia­ção, tiveram aumentos superio­res aos da Zona Sul, que foram valorizados. A cidade tem cerca de 300 mil imóveis residenciais, comerciais, industriais e sem edificação (terrenos).

“Sou totalmente contra um reajuste no IPTU agora. Vive­mos a pior recessão da história. O índice de desemprego ainda é alarmante. A lei municipal, que foi aprovada em 2012, diz que a Planta Genérica de Valores preci­sa ser revista de forma geral e ho­mogênea em relação a todos os imóveis do município, no míni­mo, uma vez a cada mandato do Poder Executivo, ou seja, a cada quatro anos. Porém, o desgover­no anterior descumpriu a própria lei e não enviou para a Câmara, no ano passado, o projeto de revi­são, apesar de ter gastado mais de R$ 11 milhões com a contratação do serviço”, frisa Papa.

A 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Ribeirão Preto (OAB-RP) criou uma co­missão especial de estudos com o objetivo de analisar os aspectos jurídicos e impactos sociais do projeto de lei de revisão da PGV, atualmente em tramitação na Câ­mara de Vereadores. A OAB-RP diz que não descarta a possibili­dade de mover uma ação judicial caso a comissão constate que a revisão da planta gere aumentos abusivos no valor do IPTU.

Segundo a prefeitura, “a re­visão, no entanto, não é apenas uma questão legal, mas de justiça fiscal com os contribuintes. A úl­tima revisão feita de forma com­pleta data de 2003, o que signifi­ca 14 anos de desenvolvimento, valorização de algumas regiões e desvalorização de outras”. Para reduzir a distância entre os valo­res, a prefeitura de Ribeirão Preto contratou, em 2015, uma empre­sa para realizar o levantamento aerofotogramétrico da cidade, o que ocorreu no ano passado.

O projeto da Lei Orçamentá­ria Anual (LOA) entregue à Câ­mara em 30 de setembro não pre­vê qual o valor será arrecadado a mais com a revisão da PGV. A previsão da Fazenda na proposta é que o IPTU gere receita de R$ 349 milhões, ou 9,06% maior que a projeção para 2017, de R$ 320 milhões, aporte de R$ 29 milhões.

Com base no valor de mer­cado dos imóveis, o reajuste em 2018 pode chegar a 50% em al­gumas regiões da cidade, mais 25% a partir de 2019 e mais 25% em 2020. A cidade foi dividida em 260 regiões, onde haverá valorização ou depreciação, de acordo com o progresso ou re­trocesso de cada área. Neste ano foram emitidos cerca de 305 mil carnês do IPTU.

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