Tribuna Ribeirão
Política

Secretário depõe em CPI da Câmara

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Parque Per­manente de Exposições (Feapam) promoverá nesta sexta-feira (9), audiência para ouvir o depoi­mento do secretário municipal de Governo e da Casa Civil, Nicanor Lopes. O tema principal será o desaparecimento de todos os do­cumentos relativos às locações do recinto em 2016, último ano da administração Dárcy Vera (sem partido). Será às dez horas, na Sala das Comissões.

Representantes da administra­ção municipal encontraram, no início do ano passado, segundo revelaram em audiências da CPI, os computadores do Parque Per­manente “zerados e formatados”, sem as informações relativas às lo­cações do espaço ou outro arquivo.

O Parque Permanente, que por muitas décadas sediou a ex­tinta Feira Agropecuária da Alta Mogiana (Feapam), era vinculado até o ano passado à Companhia e Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp), e foi transferido para a Secretaria Mu­nicipal de Turismo.

Apesar da maior parte da área do Parque Permanente es­tar abandonada e sem condições de uso, a central possui alvará do Corpo de Bombeiros para a realização de eventos. Em 2016, a prefeitura locou o espaço para a realização de diversos shows. Não se sabe, porém, quanto a administração arrecadou e nem onde foi parar o dinheiro.

O presidente da CPI do Par­que Permanente, Orlando Pesoti (PDT), já disse ao Tribuna que irá convocar para depor os organi­zadores dos shows realizados em 2016 no espaço – Ribeirão Coun­try Fest (RCF), Ribeirão Rodeo Music (RRM), Festival João Rock entre outros.

O raciocínio é que a adminis­tração anterior pode ter desapa­recido com os comprovantes de pagamento, mas as empresas pro­motoras precisam guardar cópias dos recibos. Também fazem parte da CPI do Parque Permanente os vereadores Elizeu Rocha (PP) e Lincoln Fernandes (PDT).

Em 8 de fevereiro, o secretário de Turismo, Edmilson Carlos Do­mingues, depôs na CPI e pediu 30 dias de prazo para apresentar uma série de documentos solicitados de forma oficial em 7 de setem­bro. A comissão pediu cópias dos contratos de locação desde 2012 e dos comprovantes de pagamentos efetuados no período.

De acordo com o secretário, não existe no momento a possibi­lidade de privatização do espaço, e sim negociações visando parcerias com empresas interessadas em locar o recinto, hoje restrito a área central do parque, a única que tem alvará do Corpo de Bombeiros para sediar eventos.

Todo o resto do antigo recin­to da extinta Feapam, no Jardim Jóquei Clube, na Zona Norte, en­contra-se em estado de abandono, sem condições de ser alugada ou de servir de palco a eventos. Do­mingues disse ainda contar com o apoio da Câmara para a aprovação de um projeto repassando para a Secretaria Municipal de Turismo o kartódromo existente no parque – atualmente vinculado à Secretaria Municipal de Esportes.

O Parque Permanente de Ex­posições está parcialmente des­truído e foi saqueado. Os materiais de ferro, alumínio e cobre foram furtados e um incêndio em pneus destruiu parte da cobertura me­tálica de um dos galpões. Há lixo, criadouros do mosquito Aedes ae­gypti, vazamento de água e esterco nas construções de alvenaria. Até um vitrô foi arrancado.

Quando a CPI visitou o local, em 24 de janeiro, encontrou in­dícios de que o local esteja sendo usado com frequência por cri­minosos, já que existe um cofre arrombado no espaço e vários boletins de ocorrências espalhados pelo local. Também foram encon­trados roupa íntima feminina e um par de sandálias nos cômodos abandonados.

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