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Secretaria nega falhas em poços

MATEUS FERREIRA/ARQUIVO

A Secretaria Municipal de Água e Esgoto de Ribeirão Pre­to (Saerp) rechaça que tenha havido falhas no tratamento de água em poços e reservatórios do município. Na edição desta terça-feira, 25 de janeiro, o jornal publicou denúncia de um fun­cionário da pasta sobre o caso.

O servidor afirma, em men­sagens de áudio, que vários poços ficaram semanas – em alguns casos até cinco meses – sem a adição de flúor ou cloro depois que ladrões furtaram cabos e fios da rede de energia elétrica. A denúncia também foi feita ao vereador Lincoln Fer­nandes (PDT).

De acordo com o funcioná­rio público, que prefere o ano­nimato, a ação criminosa des­ligou as bombas dosadoras dos poços Turmalina, Quintino Facci I, Monte Alegre, Pom­polo e Cianê. Diz ainda que o trabalho de monitoramento diário para checar a qualidade da água deixou de ser efetuado.

Agora, segundo o servidor da Secretaria de Água e Esgo­to, os padrões de potabilidade (qualidade, característica ou condição do que é potável) são analisados três vezes por sema­na, colocando em risco as mais de 209 mil ligações existentes na cidade.

Na nota enviada ao Tribu­na, a Saerp diz que faz a aplica­ção de cloro na distribuição de água de acordo com as normas estabelecidas e realiza a coleta nos poços de distribuição para análise laboratorial semanal­mente, conforme estabelece a portaria número 888/21 do Ministério da Saúde.

“Nosso controle de qua­lidade é atuante e garante a qualidade da água à toda po­pulação de Ribeirão Preto, haja vista que esta secretaria tem sua produção de água potável controlada por órgãos fisca­lizadores como o Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária, Agência Reguladora ARES-P­CJ e o Sistema Nacional de In­formações sobre Saneamento (SNIS)”, diz parte do texto.

A secretaria afirma, ainda, que todas as ações para aplica­ção de cloro estão com funcio­namento normal. Diz que nos processos de produção de água podem ocorrer rápidas inter­mitências, imediatamente nor­malizadas por conta do moni­toramento contínuo e frequente destes parâmetros, e que de for­ma alguma comprometem a po­tabilidade da água distribuída.

“Além disso, a Saerp está investindo continuamente na segurança dos poços e reserva­tórios, com a implantação de câmeras e monitoramento atra­vés de empresa especializada na área contratada através de pro­cesso licitatório”, conclui o texto da Secretaria de Água e Esgoto de Ribeirão Preto.

Lincoln Fernandes afirma ter encaminhado um ofício ao secretário da pasta, Antô­nio Carlos de Oliveira Junior, cobrando explicações sobre o problema apontado. O parla­mentar também questiona os valores gastos pela Saerp com os furtos recorrentes nos poços de distribuição.

Em quatro anos, segundo o parlamentar, foram quase R$ 10 milhões empregados na re­posição de cabos, fios, bombas e afins. Após questionar a Secreta­ria de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, o parlamentar estuda en­caminhar o caso ao Ministério Público de São Paulo (MPSP).

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