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Scarpelini explica veto à ‘cloroquina’

ALINE PEREIRA/CÂMARA

O secretário municipal de Saúde, Sandro Scarpelini, dis­se, em depoimento na Câmara de Vereadores, nesta terça-fei­ra, 28 de julho, que não proíbe ninguém de prescrever cloro­quina e hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. Ele diz que isso depende de cada profissional e do consentimen­to de seus pacientes.

No último dia 22, a Secre­taria Municipal da Saúde emi­tiu nota para avisar que não vai pedir aos médicos da rede pública de Ribeirão Preto para receitar, neste momento, a clo­roquina e a hidroxicloroquina aos pacientes em tratamento contra a covid-19.

No depoimento na Câmara, Scarpelini disse que, como ges­tor público, não pode prescrever na rede pública municipal me­dicamento sem estudo científi­co e sem eficácia comprovada. Segundo ele, este é o caso deste tipo de medicamento

Ribeirão Preto segue na rede municipal o protocolo do Hos­pital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP), referência na região no combate ao coronavírus, que não inclui a distribuição deste medicamento nem da invermectina, seja de maneira preventiva ou curativa.

O secretário foi à Câmara após aprovação de requeri­mento, de autoria de Renato Zucoloto (PP), para prestar es­clarecimentos aos vereadores sobre as ações de enfrentamen­to ao coronavírus na cidade. A proposta foi aprovada sob a justificativa de que, apesar de Scarpelini estar trabalhan­do muito no enfrentamento da doença, é preciso dar mais publicidade sobre o assunto.

Durante a reunião, ao ser questionado sobre qual o desti­no dos R$ 3 milhões repassados pela Câmara à secretaria para o combate à covid-19, o secretário afirmou que não tinha informa­ções exatas sobre o destino des­tes recursos porque o repasse é feito para a Secretaria Municipal da Fazenda.

Scarpelini explicou que os recursos utilizados ou envia­dos para a Saúde não têm ru­brica que identifique de onde veio a verba. Sobre os projetos e indicações de autoria do Le­gislativo, e que foram negados pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), o secretário relatou que normalmente as propostas chegam à secretaria, mas a recusa se deve porque muitas vezes já está em exe­cução ou por falta de recursos humanos para executá-lo, visto que a secretaria está com cerca de 1.200 funcionários afasta­dos por causa da covid-19.

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