A Secretaria Municipal de Saúde investiga dois casos de falsa aplicação da vacina contra a covid-19 em dois idosos, na Unidade Básica de Saúde Doutor Rubens Issa Halak, a UBS do Jardim Juliana, na Zona Leste de Ribeirão Preto. Uma enfermeira está sendo acusada de simular a vacinação em um senhor de 77 anos e em uma senhora de 83 anos.
A filha do idoso de 77 anos gravou o momento da imunização e denunciou o caso ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). O promotor Paulo José Freire Teotônio instaurou inquérito para apurar a suposta fraude e diz que, se for confirmada a simulação, a enfermeira pode responder por crime contra a saúde pública, prevaricação, peculato e até por homicídio se por acaso algum dos idosos morrer de covid-19.
Já o filho da mulher de 83 anos promete registrar um boletim de ocorrência (BO) contra a enfermeira. Ele também gravou um vídeo da vacinação e postou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver que a agulha é inserida na idosa. No entanto, não dá para ver se há a o líquido dentro da seringa, o mesmo caso do senhor de 77 anos.
Depois, a profissional passa algodão no local onde a agulha foi inserida e coloca um curativo adesivo na idosa. O vídeo tem nove segundos de duração. Segundo o secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, a enfermeira foi afastada até que os dois casos sejam apurados. A recomendação da pasta é para que os profissionais da saúde mostrem a seringa aos pacientes no momento da imunização.
“Diante da suspeita de procedimento inadequado na aplicação da dose da vacina contra a covid-19, o profissional envolvido será afastado, preventivamente, e será iniciada investigação imediata sobre o ocorrido”, afirma em nota a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde. Para a secretaria, a enfermeira nega ter agido de má-fé e diz que aplicou a vacina nos idosos.
Sindicância contra guarda
O superintendente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Domingos Fortuna, abriu sindicância administrativa disciplinar contra um servidor da corporação que promoveu um evento, no último sábado (6), na chácara da Associação dos Guardas Civis, no Condomínio Jardim das Mansões, no Parque Residencial Cândido Portinari, na Zona Leste de Ribeirão Preto.
A festa foi realizada durante a fase vermelha do Plano São Paulo que estabelece, entre outras medidas, a proibição de aglomerações. Cerca de 60 pessoas estavam no local. A portaria que instaurou a sindicância foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de terça-feira (9). O Ministério Público de São Paulo também abriu inquérito para investigar o caso.