A Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde por meio do Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social da (DAGEP/SGEP/MS) participou na última semana de atividades sobre a saúde da população negra na Universidade de Brasília (UNB) – Campus Ceilândia.
Na segunda-feira (23/04), em formato de aula, a servidora Dandara Baçã, expôs sobre a saúde da população negra utilizando como fio condutor a obra de Carolina Maria de Jesus, durante a disciplina de ‘Pensamento Social em Saúde’, ministrada pela professora titular da UNB e organizadora do Observatório de Vulnerabilidades (OBVUL), Maria Inêz Montagner.
“Várias características se aplicam à Carolina Maria de Jesus, por isso a escolha dela para a reflexão desta aula. Para o diálogo, conversamos sobre o livro ‘Quarto de Despejo’, de 1960, é preciso mostrar a realidade periférica, uma vez que a política de saúde como direito universal é recente e o diário mostra como esse sistema se faz necessário em uma sociedade. Por meio dele, podemos demonstrar como eram as práticas de saúde da população que não tinha o SUS [Sistema Único de Saúde]”, disse Dandara.
Com o público-alvo de estudantes do curso de Saúde Coletiva, e por meio de recursos audiovisuais, a atividade teve como objetivo apresentar a biografia da escritora Carolina Maria de Jesus; apresentar as especificidades e vulnerabilidades socioculturais da população negra e relatar as contribuições da autoria negra para reflexão em saúde. Ao final da ação, os alunos avaliaram a todo o conteúdo apresentado.
Na sexta-feira (27/04), as Equipes dos Serviços de Apoio Especializado da Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia vinculada à Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal realizaram sua primeira Coordenação Coletiva Articulada no Auditório da UnB – Campus Ceilândia. Em média 250 profissionais pedagogos, orientadores educacionais, professores que trabalham na Região Administrativa de Ceilândia participaram da atividade.
O coordenador-geral de Apoio ao Controle Social, à Educação Popular em Saúde e às Políticas de Equidade do SUS do DAGEP/SGEP/MS, Marcus Peixinho, esteve presente na mesa de abertura e apresentou a Política Nacional de Saúde Integral para População Negra e falou sobre a Equidade na Escola.
“Uma das principais ferramentas no combate à marginalização é a educação. É necessário que trabalhemos a saúde e a educação em conjunto para o fortalecimento e implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, visando a melhoria do acesso à saúde desta população. É por meio da educação que as pessoas são capazes de superar a pobreza e conseguem acessar outros direitos humanos fundamentais, como o direito à saúde de forma universal, integral e equitativo”, destacou Marcus Peixinho.
DADOS
De acordo com a pesquisa “A população negra no Distrito Federal: analisando as regiões administrativas” realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) em 2014, a Ceilândia tem 146.921 pessoas não negras (36,5%) e 255.800 negras (63,5%). Ainda de acordo com a Companhia, 83 escolas atendem o ensino fundamental; 50 o ensino infantil; 29 a educação especial; 14 a educação de jovens e adultos; 12 o ensino médio e 01 o ensino profissional.
Por Caroline Oliveira, do Nucom SGEP