A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou nesta terça-feira, 16 de julho, por meio do Boletim Epidemiológico divulgado quinzenalmente, mais três óbitos em decorrência de algum tipo do vírus da influenza. A cidade já contabiliza seis mortes por gripe neste ano, quatro em junho e duas neste mês. As vítimas são duas mulheres, uma de 63 e outra de 75 anos, e um homem de 71 anos – estes últimos por causa de complicações causadas pelo H1N1.
A senhora de 63 anos foi a óbito devido à infecção causada pelo vírus da influenza A não subtipado (Flu A). A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto já havia confirmado mais três mortes em decorrência de complicações causadas por H1N1 e H3N2 – “gripe A ou suína”. Um homem de 37 anos, portador de doença neurológica que não tomou a vacina, morreu em 23 de junho. Um senhor de 90 anos e uma mulher de 48 também faleceram após a infecção viral. O homem de 37 anos morreu em um hospital da cidade depois de mais de 20 dias de internação – deu entrada no setor de isolamento em 1º de junho e foi a óbito no dia 23 após contrair o H1N1.
Na mesma data, uma paciente de 48 anos, portadora de diabetes e vacinada contra a influenza em 2019, morreu vítima do mesmo do vírus. Segundo a secretaria, no dia 9 do mês passado um paciente de 90 anos, portador de doença pulmonar crônica e que não foi imunizado, morreu de H3N2. Havia quase um ano que a cidade não registrava óbito causado por algum dos vírus da gripe.
No ano passado, durante quatro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa de H1N1 e H3N2 – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o Boletim Epidemiológico da SMS, os óbitos ocorreram em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e julho (nove).
Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas em 2016 doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%. Neste ano, até esta segunda-feira, 15 de julho, a cidade já registrou 21 casos de influenza de 177 investigados – seis de Flu A não subtipado, três de Flu B, oito de H1N1 e mais quatro de H3N2. O município fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocadas por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6%.
O mais recente balanço da campanha de vacinação contra o vírus influenza (gripe) em Ribeirão Preto, divulgado pelo Programa de Imunização no dia 2, aponta que a cidade já vacinou 203.352 pessoas, sendo 166.949 dos grupos prioritários e 36.403 da população em geral, que desde 3 de junho também tem acesso às doses. A meta de imunizar 90% da população de risco deve ser atingida ainda neste mês.
Desde o início da campanha, em 10 de abril, a cobertura é de 88,8% do público-alvo – faltam 5.506 (ou2,6%) – nas contas do Tribuna. No entanto, 36.403 ribeirão-pretanos que não estão no rol de prioridade também já foram imunizados, elevando o total para 203.352. O público-alvo da campanha é composto por 187.972 pessoas – número que corresponde a 90% da população dos grupos prioritários, de 208.858 ribeirão-pretanos.
Considerando este total, a cobertura chega a 97,4%, já computadas as 36.403 que não estão nos grupos de risco. Foram vacinadas 27.128 crianças (65,3%), 23.475 trabalhadores da saúde (75,3%), 4.047 gestantes (67,1%), 1.310 puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias, 132,2%), 4.702 professores (111,1%), 73.404 idosos (93,9%), 32.869 pessoas com comorbidades (79,93%) e 14 indígenas.
Os grupos prioritários são formados por crianças de seis meses a menores de seis anos (41.530), trabalhadores da saúde (31.156), gestantes (6.028), puérperas (991), idosos com 60 anos ou mais (78.172), pessoas com comorbidades, doenças crônicas e imunossupressão (46.750) e professores e funcionários das redes públicas (municipal e estadual) e privada (4.231), bombeiros e policiais militares – não havia nenhum indígena no relatório.