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Saúde

Sarampo e pólio – RP não atinge a meta de vacinação

2.2 W/Agencia Brasil

A campanha de vacinação contra sarampo (vacina trípli­ce viral que protege contra a doença, caxumba e rubéola – SCR) e poliomielite para crian­ças na faixa etária de um ano a cinco anos incompletos (qua­tro anos, onze meses e 29 dias) terminou em 28 de setembro, depois de várias prorrogações, e mesmo assim Ribeirão Preto não conseguiu atingir a meta.

No entanto, a imunização segue nas 35 salas de vacina espalhadas pelas unidades de saúde da cidade, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. A campanha já ha­via sido prorrogada outras ve­zes – o prazo original era 31 de agosto. A última extensão foi determinada pela Secretaria do Estado da Saúde, com base em orientação do Ministério da Saúde, para as cidades que não atingiram a meta de imu­nizar 95% do público-alvo.

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 17 de outu­bro, pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, a pedido do Tribuna, aponta que Ribeirão Preto vacinou 26.675 crianças, cobertura de 88,9% do públi­co-alvo, formado por 30.108 crianças. A coordenadora do programa de Imunização de Ri­beirão Preto, Mayra Fernanda de Oliveira, diz que os pais po­dem procurar os postos de acor­do com o calendário.

A Secretaria Municipal da Saúde tem 35 salas de vacinas que permanecem abertas, das oito às 17 horas, também duran­te a semana, de segunda a sexta feira. Os horários são variados e conforme o funcionamento de cada unidade. A relação comple­ta está no site www.ribeiraopre­to.sp.gov.br. Até 10 de setembro, 1.673 casos de sarampo foram confirmados em todo o país.

Ribeirão registrou um caso não autóctone (importado) no mês de abril, depois de dez anos sem nenhuma ocorrên­cia. A Secretaria Municipal da Saúde já adiantou que o ví­rus da doença não circula no município e não há motivo para alarde. A confirmação o caso ocorreu no dia 10 de abril e revelou que uma pro­fissional da área médica de Dracena (SP) contraiu saram­po no Líbano(foi identificado o genótipo D8, semelhante ao circulante no Oriente Médio), em abril, quando prestava ser­viços humanitários.

A ocorrência foi registrada em Ribeirão Preto porque, ao voltar do Oriente Médio, ela de­sembarcou na cidade para visitar a mãe que estava internada em hospital do município. Por ser profissional da área da saúde ela identificou que estava com os sintomas da doença e ini­ciou o tratamento. O estado de São Paulo ultrapassou a meta de vacinar 95% das crianças contra sarampo e paralisia in­fantil (poliomielite), indicada na campanha de imunização de 2018. No total, foram aplica­das 4,2 milhões de doses contra ambas as doenças, alcançando coberturas vacinais de 95,7% para pólio e 95% para sarampo, respectivamente.

Em todo o estado, há 2,2 milhões de crianças paulistas nessa faixa-etária. Na área de atuação do Departamento Re­gional de Saúde (DRS-13), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, a meta era imunizar 68.369 meninos e meninas. Desde 4 de agosto, quando a campanha começou com um “Dia D” extra exclusivamente em São Paulo, foram imuni­zadas 2.108.868 crianças con­tra pólio e 2.092.288 contra sarampo.

Não há registro de casos de paralisia infantil em São Paulo há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no estado. Em todo o Brasil, a campanha atingiu a meta de imunizar 95% do público-alvo estabelecida pelo governo federal. Enquanto a média geral de vacinação con­tra sarampo foi de 95,3%, a de poliomielite ficou em 95,4%. No total, 21,4 milhões de doses foram aplicadas, beneficiando 10,7 milhões de crianças.

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