Tribuna Ribeirão
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São Paulo 468 anos – Pesquisa traça perfil de Sampa

ANTÔNIO MILENA/ARQUIVO AG.BR.

Considerada a maior cidade do Brasil e a mais populosa da América do Sul, São Paulo está entre as dez maiores do mun­do e comemora 468 anos nesta terça-feira, 25 de janeiro. Se o trecho “Alguma coisa acontece no meu coração que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João”, da música “Sampa”, inter­pretada por Caetano Veloso, já fala muito sobre a megalópole, a Hibou – empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo – preparou a pesqui­sa inédita “São Paulo 468 anos” para entender ainda mais as im­pressões dos paulistanos sobre a capital do Estado.

Ao todo, 2.900 pessoas foram entrevistadas em São Paulo, de forma digital e em campo, e entre os responden­tes, 13% são paulistanos por opção, e há desde aqueles que acabaram de chegar à cidade até moradores que vivem lá há mais de meio século.

“Durante a pesquisa, foi muito interessante perceber o quanto as pessoas abraçam São Paulo e se sentem acolhidas pela cidade. Com um tempo médio de 17 anos vivendo em SP, os paulistanos mesclam de forma inegável suas histórias com a da capital e têm conhecimento so­bre o local que moram”, observa Lígia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

A cidade é multifacetada e agrega múltiplas nacionali­dades. Para 77,6% dos paulis­tanos, a metrópole reúne um pouco de tudo do mundo in­teiro. Além disso, tem uma at­mosfera única e não é à toa que é conhecida como a cidade que não pára e não dorme. 78% compartilham o amor por São Paulo e não pretendem se mu­dar tão cedo; 71% acreditam que seja um bom lugar para viver e se criar uma família; e 46,6% analisam que São Paulo está melhorando a cada ano.

Mas a capital não agrada a todos, e 24,2% assumem que não gostam da cidade e desejam ir embora o quanto antes. Por ser um importante pólo econômico, a capital oferece inúmeras opor­tunidades profissionais, 87% dos paulistanos concordam que é a melhor cidade para trabalhar; 87% também acreditam que em São Paulo a vida acontece, prin­cipalmente, a profissional.

“Meu, eu amo a gastrono­mia paulistana”
A metrópole acolhe cida­dãos do mundo e isso se reflete na pluralidade da gastronomia paulistana, onde é possível en­contrar pratos típicos de dife­rentes origens. Mas há algumas comidas que mais representam a identidade de São Paulo. Para 15% dos paulistanos, o pastel de feira está no topo, enquanto o famoso sanduíche de mortadela ficou na última posição.

O “big sanduba” foi indicado por apenas 1,3%, ficando atrás, inclusive, do virado à paulista, indicado por 1,4%. Também foram indicados pizza (14,6%); prato feito, o PF (11,3%); cachor­ro quente (11%), massa (7,4%); churrasco (7,2%); hambúrguer (6%); churrasco grego (5,1%); feijoada (4,8%); cuscuz paulis­ta (4,5%); pão na chapa (3,2%); sushi (1,8%) e yakissoba (1,6%).

As bebidas que mais repre­sentam a capital paulista surpre­enderam. Se o pastel de feira se destacou entre as comidas, a sua dupla, o caldo de cana, ficou em quarto lugar, citado por 11,4%. O grande destaque foi o café, indicado por 14,7% dos pau­listanos. Ainda foram citados refrigerante (13,5%); café com leite / pingado (13,4%); cerveja (11,3%); chope (6%); tubaína (5,5%); caipirinha (4,3%); vi­nho ( 4,1%); água (3,2%); gin tônica (2%); cachaça (1,9%); chá (1,8%); whisky (1,3%); suco de laranja (1,3%); vodca (1,1%) e aperol spritz (0,7%).

“Na capital da pizza, o pas­tel de feira se destacou e embo­ra o caldo de cana acompanhe os famosos pastéis, a indicação do café foi muito interessante, pois isso nos remete ao início da construção e crescimento da cidade. A economia cafeei­ra foi responsável por um de­senvolvimento primordial que transformou a São Paulo nesta grande metrópole global”, lem­bra Lígia Mello.

Avenida Paulista
Entre os monumentos e pontos turísticos, parques, mu­seus, imóveis históricos e tom­bados, há alguns que represen­tam mais a cidade. A Avenida Paulista foi citada por 19,3% dos paulistanos; o Museu de Arte de São Paulo (Masp) ganhou a atenção de 13,9%; Parque do Ibirapuera, 10,9%; Mercado Municipal, 6,6%; Ponte Estaia­da, 3,6%; Catedral da Sé 3,2%; e Museu do Ipiranga, 2,8%.

Entre os endereços que mais traduzem a cidade de São Pau­lo, o que dominou foi a Aveni­da Paulista sendo indicada por 45,8%, quase metade dos paulis­tanos. Três ruas que dispõem de comércio a céu aberto foram in­dicadas: a 25 de Março (16,6%), a Oscar Freire (4,9%) e a Galvão Bueno (2,6%).

Endereços que oferecem entretenimento, encontros e gastronomia como a rua Au­gusta (8,4%); Beco do Bat­man (2,8%); rua Avanhandava (1,6%) foram lembrados. Ave­nidas de passagem e que têm alta carga de trânsito tiveram seu lugar: Marginais (4,4%); Vale do Anhangabaú (4,3%); Avenida Ipiranga (3,1%); Ra­dial Leste (2,6%); Avenida Nove de Julho (1,4%); Avenida Cruzeiro do Sul (1,3%).

Músicas que traduzem SP
“Moro em Jaçanã…”
Há músicas bem signifi­cativas para os paulistanos, a mais indicada foi “Sampa” (Caetano Veloso), por 10,5%; “Trem das Onze” (Adoniran Barbosa), um outro clássi­co, está nas preferências de 10,3%; “São, São Paulo” (Tom Zé), foi indicada por 5,8%; “Au­gusta, Angélica e Consolação” (Tom Zé), por 4,1%; “Bipolar” (MC Don Juan, MC Davi e MC Pedrinho), 3,4%.

A lista ainda traz “Não existe amor em SP” (Criolo); 1,9%; “Sampa Midnight” (Itamar Assumpção), 1,7%; “Terra da Garoa” (Gabi Bueno), 1,5%; “Saudosa Maloca” (Demônios da Garoa), 1,5%; “Envelheço na cidade” (Ira!), 1,5%; “Hino do Corinthians”, 1,3%; “Chove chuva” (Jorge Ben Jor), 1,3%; “Bum Bum Tam Tam” (MC Fioti), 1,3%; “Até que enfim” (Ferrugem), 1,3%; e “Atrasadi­nha” (Felipe Araújo), por 1,1%.

Existem também personali­dades icônicas. As cinco que mais representam São Paulo, segundo os paulistanos, são: Silvio Santos (7,7%); Tom Zé (4,7%); Ayrton Senna (3,9%); Adoniran Barbosa (3,7%) e Supla (3,6%). Os mais de 80 parques da capital paulista ocupam 20% do território do município e trazem a natureza para o ambiente urbano.

Entre tantas opções, quase metade dos paulistanos identi­ficaram o Parque do Ibirapuera como sendo aquele que é a cara de São Paulo, ele liderou com 44,3% das indicações. Na sequência, estão o Parque da Água Branca (8,2%); Parque Villa Lobos (5,7%); Jardim Botânico de São Paulo (5,3%) e o Parque Burle Marx (5,1%).

Apontada por 44,2% dos paulistanos, a segurança foi indicada como o que menos gostam nos bairros em que vivem. Com a pandemia em andamento, o tema saúde surgiu na sequência e foi ci­tado por 19,3%. Outras cinco características indicadas foram: localização (12,5%); centros comerciais, shoppin­gs e lojas (10,4%); transporte público (9,8%); lazer (9%); mobilidade (5,2%).

Pesquisa
A pesquisa inédita “São Paulo 468 anos” realizada pela Hibou entrevistou 2.900 pessoas, de forma digital e em campo, entre os dias 5 e 15 de Janeiro de 2022. A faixa etária dos entrevista­dos é formada por 28% com idade de 36 a 45 anos; 23% de 26 a 35 anos; 19% de 46 a 55 anos; 16% de 56 anos ou mais; 14% até 25 anos.

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