“Resposta rápida” e “recuperação” são as palavras de ordem ouvidas nos bastidores do Santos para findar a sequência ruim pela qual o time vem passando recentemente. Apesar da classificação na Libertadores, o Peixe soma quatro derrotas em sete jogos no Campeonato Brasileiro, sendo a mais recente delas para o Cruzeiro, no último domingo, por 1 a 0.
A repercussão da derrota teve seus primeiros desfechos logo após o apito final contra a Raposa, onde os pouco menos de 11 mil presentes não pouparam o time e a comissão técnica de vaias. Após a partida, Jair Ventura prometeu um trabalho ainda mais intenso para reencontrar o caminho das vitórias e o treinador teve seu discurso corroborado pelos atletas.
“Temos que manter a calma e recuperar a boa fase logo, dar a resposta. A gente treina bola parada quase sempre e acabamos tomando um gol assim. Não podemos culpar o Jair, porque é a gente que está em campo”, disse Gabriel. Sobre as vaias, o atacante diz ser normal diante dos recentes resultados. “É normal a torcida fazer isso. Eles querem que a gente ganhe. Estamos criando chances e uma hora a bola vai entrar”, completou.
Apesar da derrota, o ponto positivo foi a boa reestreia de Bruno Henrique com a camisa do Peixe. O atacante ganhou alguns minutos em campo e quase conseguiu o gol que daria o empate contra o Cruzeiro. Seguindo a mesma linha dos companheiros, alertou para a necessidade de uma recuperação e comentou sobre sua condição física.
“Fico feliz por estar de volta, pelo apoio da torcida que pediu minha entrada. Mas a gente fica triste pela derrota. Quinta-feira temos a chance de nos recuperarmos e a vitória é importante demais. Temos que focar e responder logo para voltar a dar alegrias, trabalhando para que a bola volte a entrar”, revelou Bruno Henrique, que passou por uma sequência de problemas físicos e clínicos no início da temporada.
Sem dinheiro – O técnico do Santos, Jair Ventura, afirmou que o clube tem encontrado dificuldades para reforçar o elenco, entre outros motivos, por problemas de caixa. Sem dinheiro para contratações de impacto, o treinador tem que se virar com os jogadores à disposição e as jovens revelações das categorias de base.
“Converso com o presidente, com o vice, a gente sabe da necessidade de reforços. O problema é financeiro. Não é que a gente acha que não precisa. Hoje a gente não tinha nem jogador para completar o banco. Mas a torcida não quer saber isso, não quer saber se não tem peça suficiente, não quer saber que o Santos está sem dinheiro. Ela quer é vencer, é isso que a gente vai procurar fazer”, explicou o treinador.