A diretoria do Santos divulgou, nesta quinta-feira, o seu “Plano Integrado de Gestão”, um documento em que apresenta as suas metas até 2023. Dentro do campo, o clube projeta a conquista de dois títulos estaduais e de uma Copa do Brasil, além da participação em uma final da Libertadores. Já para o Campeonato Brasileiro o objetivo é ficar entre os seis primeiros colocados nos próximos cinco anos.
José Carlos Peres assumiu a presidência do Santos no início de 2018, sendo que o seu mandato se encerrará ao fim de 2020. Mas o plano de metas só foi divulgado agora e ainda apresenta metas para os três anos seguintes, que podem ser do seu segundo mandato, em caso de reeleição, ou do seu sucessor.
Recentemente, Peres viajou à Ásia, onde assinou um acordo de intenções com o Bolton Group para reformar a Vila Belmiro e construir um novo CT para as divisões de base. Esse plano de metas, no entanto, ignora a possível obra do seu estádio, embora aponte a concorrência com rivais que possuem arenas modernas como um dos pontos fracos do clube. Além disso, vê os públicos baixos como outro problema santista.
Já a reformulação da base é mais detalhada no documento, com a indicação de que o Santos planeja a “construção de um novo CT com alojamento para 120 atletas e com toda a infraestrutura de apoio”. Além disso, aponta preocupação em contar profissionais a capacitados na formação de jovens jogadores. E cita a meta de ter uma das três melhores infraestruturas de base do Brasil.
Na gestão, o Santos pretende “possuir uma gestão profissional, transparente, estruturada e sem intervenções políticas”. No futebol, o objetivo geral é “possuir um alto nível de competitividade em todos os campeonatos que disputar”. E o clube vai buscar “possuir uma gestão financeira/fiscal autossustentável, subordinada ao orçamento” no setor financeiro.
O planejamento, definido em parceria com a empresa de consultoria Ernst & Young, apontou a marca reconhecida mundialmente, o histórico de clube formador e a baixa rejeição no mercado como pontos fortes do clube. E avaliou a exploração do mercado de São Paulo e a legislação que pode permitir aos times de futebol de se tornarem empresas e receberem aporte de investidores como pontos a serem explorados.
O documento também enumera fraquezas que o clube precisa trabalhar nos próximos anos, como falta de comprometimento de alguns profissionais, falta de profissionalização dos colaboradores, estatuto inadequado, ausência de organograma, falta de equilíbrio financeiro e problemas de comunicação com a imprensa. Além disso, vê alterações nas cotas de TV, no Profut e no Manual de Licenciamento dos clubes como ameaças ao futuro do Santos.