O Santos está confiante em não ser punido pela escalação de Carlos Sánchez no empate em 0 a 0 com o Independiente-ARG na última terça-feira, em Avellaneda, pela ida das oitavas de final da Libertadores da América. A Conmebol analisa o caso e há o risco do Rojo ser declarado vitorioso por 3 a 0.
O Peixe apresentará sua defesa nesta sexta-feira e conta com a ajuda de um especialista: Fernando Sosa, ex-presidente da Comissão Disciplinária da Associação Uruguaia de Futebol.
“Vou falar com os colegas do Santos e fornecer alguns elementos para a defesa. O erro da Conmebol não pode induzir a um erro do Santos. O COMET (sistema de conferência da Conmebol) foi fundamento para autorizar um jogador argentino a atuar na Libertadores em 2017. Agora, o COMET não pode ser desconsiderado pela Conmebol”, disse o especialista em direito desportivo.
Anistia
A Conmebol emitiu um comunicado nesta quarta-feira informando sobre a investigação. Sánchez foi suspenso por três partidas em 2015, pelo River Plate, por ter agredido a um gandula contra o Huracán, em novembro, pela semifinal da Sul-Americana. O uruguaio não disputou outras partidas da Conmebol desde então.
A confederação, em seu centenário em 2016, declarou anistia para metade das suspensões. Arredondando para baixo, Sánchez teria que cumprir um jogo de pena. O Santos, porém, tranquiliza o torcedor e afirma que o COMET, programa da Conmebol para conferência de suspensões, mostrou Sánchez liberado.
“Não há risco. A torcida pode ficar tranquila. O Sistema COMET, da Conmebol, informa a baixa no cumprimento de sanções disciplinares ao Carlos Sánchez desde 24 de maio de 2018. É o único sistema oficial e eletrônico da Conmebol”, disse Rodrigo Gama Monteiro, gerente jurídico do Santos.
A decisão por uma vaga nas quartas de final da Libertadores será na próxima terça-feira, no Pacaembu. Se não for punido, o Santos pode avançar com uma vitória simples. Empate com gols classificaria o Independiente, enquanto um novo 0 a 0 levaria a eliminatória para os pênaltis.