O 4º Encontro de Ferreomodelismo de Santa Rita do Passa Quatro, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), acontecerá em 2 e 3 de abril, sábado e domingo, na Estação Ferroviária da cidade, localizada na praça Poeta Mário Mattoso, terá entrada franca e reunirá amantes deste hobby de várias cidades da região.
No sábado, o horário será das dez às 17 horas, e no domingo, das nove às 16 horas. A realização desta quarta edição acontece após um hiato de dois anos, por conta da pandemia. Na última edição, realizada em 2019, cerca de duas mil pessoas compareceram ao local durante os dois dias de evento.
O evento é organizado pela Associação de Ferreomodelismo Santaritense (AFSR), com apoio da prefeitura de Santa Rita, Departamento de Cultura e Turismo, DIO Studios e Frateschi, única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão Preto, no interior paulista.
De acordo com Vitor Barros, um dos organizadores do evento, já estava na hora de a população da cidade receber novamente este encontro. “Depois de dois anos sem ele, decidimos que era o momento de voltarmos, agora com a situação um pouco melhor em relação à pandemia, mas é claro que seguiremos todos os protocolos de segurança de prevenção à covid-19”, afirma.
Além de maquetes e dioramas, haverá sorteios de brindes e o lançamento de um livro sobre a ferrovia paulista. Uma das atrações será uma maquete modular da própria AFSR, de 30 metros. O público ainda terá à disposição uma praça de alimentação.
O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães.
De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções”, diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos.
“É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, emenda. “As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão”, diz.
“A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, finaliza Lucas Frateschi.