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Sangue: doação cai nas férias

TOMAZ SILVA/AG.BR.

O período de férias esco­lares é sempre uma oportu­nidade para desfrutar de via­gens em família e realmente deve ser aproveitado. Porém, é também quando os bancos de sangue pelo país mais so­frem com a queda nas doa­ções, em razão do afastamen­to dos doadores. Somados a este fator, a temperatura mais baixa e o aumento das doenças respiratórias típicas da estação contribuem para o impacto nos estoques.

“No mês de julho nossos postos de coleta ficam quase vazios, pois muitas pessoas viajam e esquecem de colocar na agenda a doação de sangue. Já entre as pessoas que ficam na cidade, muitas estão inaptas a doar por causa das doenças respiratórias, como gripe e res­friado”, explica Micheli Cali­gioni, captadora do Banco de Sangue de Ribeirão Preto.

Ela observa ainda que é jus­tamente nesse período do ano que aumentam as demandas por transfusão de sangue em razão dos acidentes de trânsito nas estradas. Segundo infor­mações do Portal do Trânsito, a Polícia Rodoviária Federal iniciou a “Operação Férias Es­colares”, que segue até o final do mês, com o objetivo de ze­lar pela segurança e bem-estar dos viajantes.

Por isso, o GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto faz um alerta para que as pessoas que estão na cidade, e se en­contram aptas, doem sangue. “Se forem viajar, façam a do­ação antes, pois o processo é muito rápido e não dói. É possível doar sangue e viajar logo em seguida”, enfatiza a captadora.

Atualmente, os estoques sanguíneos da unidade estão 50% abaixo do nível ideal, um índice considerado crí­tico. Todos os tipos sanguí­neos são necessários neste momento, porém, os tipos O negativo e positivo (O- e O+) e A negativo (A-) são os que estão mais em falta.

O GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto atende a doze hospitais da região, for­necendo bolsas de sangue aos pacientes que estão interna­dos e precisam de transfusão para se recuperarem. A Or­ganização Mundial da Saú­de (OMS) recomenda que o percentual ideal de doado­res para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população.

No Brasil, esse número é preocupante, pois não chega a 2%, segundo o Ministério da Saúde – é de 1,8%. Para muitas pessoas que estão en­fermas, os componentes san­guíneos são a única esperança de vida, um em cada dez pa­cientes internados necessitam de transfusões. Uma doação pode salvar quatro vidas.

O fotógrafo Alfredo Risk é doador de sangue: todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento: o déficit atual no GSH é de 50% – ALFREDO RISK

Onde
O GSH Banco de Sangue fica na rua Quintino Bocai­úva nº 975, na Vila Seixas, na região Central – telefone (16) 3977-5900 e WhatsApp (16) 99702-0830. O local dispõe de uma infraestrutura ampla, em um espaço exclusivo, fora de um ambiente hospitalar, para acolher o doador de sangue. Atende de segunda-feira a sá­bado, das sete às 12 horas.

Requisitos
Entre outros, um dos requi­sitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja reali­zada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação). Também deve estar em boas condições de saúde, pe­sar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas.

Documentos
Na hora da doação, deve apresentar um documento ofi­cial com foto – Registro Geral (RG, a cédula de identidade), Carteira Nacional de Habili­tação (CNH) e etc. – em bom estado de conservação. Após o almoço ou ingestão de ali­mentos gordurosos, aguardar três horas. Não é necessário estar em jejum. Uma única do­ação de sangue pode salvar até quatro vidas. A falta de sangue pode suspender cirurgias nos hospitais da região.

Os potenciais doadores com diagnóstico ou suspeita de co­vid-19 e que apresentaram sinto­mas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, só poderão doar sangue depois de um perí­odo de dez dias após recuperação da doença. Antes, eram 14 dias. Também serão consideradas inaptas as pessoas que apresen­tarem teste diagnóstico positivo para Sars-CoV-2, mesmo que sejam assintomáticas. O período de proibição é de dez dias após a data da coleta do exame.

Hemocentro
Os estoques de bolsas de sangue do tipo O também estão bem abaixo do necessário para suprir a demanda da semana no Hemocentro de Ribeirão Preto, que atende 40 municípios da região. Quem quiser doar pode comparecer ao campus da Uni­versidade de São Paulo (USP).

Ou então no posto de cole­ta da rua Quintino Bocaiuva nº 470, Centro. Se preferir pode agendar pelo 0800-9796049 ou pelo site hemocentro.fmrp. usp.br. O dois postos abrem aos sábados, das 7h30 às 12h30. A unidade do campus também funciona aos domingos, das sete horas às 12h30.

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