O cantor e compositor David Corrêa morreu no domingo, 10 de maio, aos 82 anos, vítima do novo coronavírus. Ele criou inúmeros sambas-enredo para a Portela desde 1972, quando ingressou na ala de compositores da escola de samba carioca. Entre suas composições estão “Pasárgada”, “O amigo do rei”, “O mundo melhor de Pixinguinha”, “Amazonas”, “Esse desconhecido! (Delírios do Eldorado Verde)”, “Amor atrevido”, “Barquinho branco”, “Bom-dia, Portela”, “Bonde Piedade” e “Condomínio” – algumas composições feitas em parceria com outros compositores. Sua obra inclui ainda “Macunaíma, herói de nossa gente”, de 1975, criado com Norival Reis, e que se eternizou na gravação de Clara Nunes e, depois, de Angela Maria. E ainda “Hoje tem marmelada” e “Das maravilhas do mar e fez-se o esplendor de uma Noite” – que foi cantado por Maria Bethânia no show gravado em CD e DVD “Dentro do mar tem Rio”. Ligado à Portela desde o início da carreira, o carioca David Corrêa teve passagens por outras escolas de samba. Na Mangueira, foi um dos quatro compositores do inesquecível samba “Atrás da Verde e Rosa só não vai quem já morreu”. Antes, para o Salgueiro, foi coautor de “Skindô, skindô”.