Durante a Copa do Mundo, episódios machistas cometidos por brasileiros contra mulheres russas ganharam as mídias nacionais e internacionais. Mas como essa cultura preconceituosa, expressa de parte de nossa sociedade, se constrói e pode ser combatida? Essa é a questão levantada pelo Salto para o Futuro desta quarta-feira, 25. No ar às 20h pela TV Escola, emissora vinculada ao MEC, o programa tem como convidadas a coordenadora-geral da Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra/Rio de Janeiro), Eleutéria Amora, e a professora Janete Ribeiro, do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj).
Segundo dados do estudo Atlas da Violência de 2018, organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em uma década, o número de mulheres assassinadas cresceu 6,4% no Brasil. Para as mulheres negras, esse quantitativo é ainda pior – em dez anos, o percentual de mortes entre elas cresceu 15,4%, comparado ao quadro referente às mulheres brancas.
O programa revela dados preocupantes em relação aos países latinos. Pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) registra que 40% dos crimes de feminicídio em toda a América Latina são executados no Brasil.
Eleutéria Amora defende que a abrangência da luta contra a violência com as mulheres não pode ficar restrita ao sexo feminino. “É necessário não [ter somente] as mulheres para o enfrentamento; é necessário o envolvimento da sociedade como um todo”, afirma. Janete Ribeiro, por sua vez, lança um questionamento: “Feminismo é o contrário de machismo? Não necessariamente”.
Salto para o Futuro aborda também como o cotidiano da escola pode reforçar a cultura do machismo, discutindo as formas pelas quais os pais podem orientar, desde cedo, meninos e meninas a esse respeito. Ainda na atração desta quarta, são mostrados os estereótipos mais frequentes quando o assunto é sexismo.
Os episódios do programa, que tem como apresentadores Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, estão disponíveis no portal da emissora e no canal do YouTube da TV Escola.
Assessoria de Comunicação Social