Em maio, o salário mínimo ideal necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele deveria ser de R$ 6.946,37, ou 4,92 vezes o piso nacional, atualmente de R$ 1.412, acima R$ 6.912,69 estimados para abril (4,90 vezes), alta de 0,49% e acréscimo de R$ 33,68.
Em março era de R$ 6.832 (4,84 vezes), em fevereiro estava em R$ 6.996,36 (4,95 vezes) e em janeiro, R$ 6.723,41 (4,76 vezes o valor de R$ 1.320). No quinto mês de 2023, deveria ser de R$ 6.652,09 (5,04 vezes o mínimo de R$ 1.302). Neste caso, o aumento é de 4,42%, com acréscimo de R$ 294,28.
Os dados têm por base o preço da cesta básica do São Paulo (SP), de R$ 826,85.
É a cesta mais cara observada pela pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que envolve 17 capitais de Estados brasileiros. O valor estimado pelo Dieese bancaria as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O Dieese calcula que, mesmo com o reajuste de 6,97% este ano (aporte de R$ 92), no mês passado seriam necessárias 110 horas e 31 minutos para que um trabalhador que recebe o mínimo legal pudesse comprar o conjunto de itens da cesta básica e outros produtos serviços. Em abril era de 109 horas e 54 minutos. Em maio de 2023, eram 113 horas e 19 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio, 54,31% do piso para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em abril estava em 54,01%. Era de 55,58% no quinto mês de 2023.
Em 2024 – Em 1º de fevereiro, os trabalhadores começaram a receber o salário mínimo oficial de R$ 1.412. O dinheiro, referente à folha de janeiro, é 6,97% maior que o piso de R$ 1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023. São R$ 92 a mais. O valor corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos doze meses terminados em novembro, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Segundo o Dieese, o reajuste do salário mínimo beneficia 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 estima que o salário mínimo será de R$ 1.502 em 2025, um aumento de 6,37% em relação ao patamar atual, de R$ 1.412, acréscimo de R$ 90. De acordo com o PLDO 2025, a previsão é de que o salário mínimo seja de R$ 1.582 em 2026, chegando a R$ 1.676 em 2027. Para 2028, a projeção é de R$ 1.722.
As cifras devem atender à nova política de valorização do mínimo, que retomou as correções acima da inflação. A fórmula para se chegar ao montante prevê o reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no período de doze meses até novembro mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – de dois anos antes.