A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas do país no ano que vem deverá ser entre 6,2% e 8,9% abaixo da de 2017. Tanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) preveem queda em 2018. As previsões foram divulgadas nesta quinta-feira, 9 de novembro.
Segundo o primeiro prognóstico de 2018 do IBGE, a safra deverá ficar em torno de 220,2 milhões de toneladas no ano que vem, 21,4 milhões a menos do que a produção esperada para 2017. São esperadas quedas nas três principais lavouras de grãos do país: soja (-6,3%), milho (-14,4%) e arroz em casca (-6,8%). Dentre as cinco principais lavouras, somente o feijão em grão deverá ter aumento, mas de apenas 1,3%. As cinco regiões do país deverão ter queda no ano que vem, em relação a 2017: Norte (-3,2%), Nordeste (-5,8), Sudeste (-4,8%), Sul (-12,3%) e Centro-Oeste (-8%).
O IBGE também divulgou sua décima estimativa para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2017, realizada em outubro. De acordo com a nova estimativa, a safra deste ano deverá ser 0,2% menor do que a estimada pelo nono levantamento, realizado em setembro. Ainda assim, espera-se que o ano seja encerrado com uma safra 30% superior à observada em 2016: 241,6 milhões de toneladas, ou 55,8 milhões de toneladas a mais do que no passado.
Já segundo a Conab, a safra de grãos 2017/2018 deverá registrar redução de 4,4% a 6,2% em relação à passada. A expectativa é que a produção fique entre 223,3 milhões e 227,5 milhões de toneladas. A de 2016/2017 registrou 238 milhões de toneladas, a maior da história do Brasil. Segundo a companhia, a marca foi alcançada graças às boas condições climáticas, cenário que pode não se repetir no período do plantio e da colheita de 2017/2018.