Tribuna Ribeirão
Economia

Safra de grãos deve ser recorde

© CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A safra de grãos deve ser recorde pelo terceiro ano se­guido, segundo projeções di­vulgadas pelo Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Na­cional de Abastecimento (Co­nab), na manhã desta quinta­-feira, 11 de março.

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrí­cola, divulgado pelo IBGE, o total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzido no país este ano deve atingir 263,1 mi­lhões de toneladas. A safra na­cional de grãos para 2021 deve ficar nove milhões de tonela­das acima da safra de 2020.

O crescimento deve ser de 3,5% em relação ao ano passa­do, que já havia sido recorde na série histórica da pesquisa que teve início na década de 70. Em relação à estimativa de janeiro, a soja teve ligeiro aumento (0,1%) e continua batendo recordes, devendo alcançar 130,4 mi­lhões de toneladas.

O milho caiu um pouco (-0,2%), mas continua em pata­mares recordes em relação aos anos anteriores, devendo chegar a 103,5 milhões de toneladas. Em relação a 2020, a produção de soja deve ser 7,3% maior, com aumento de 3,1% na área a ser colhida; e a de milho 0,3% maior, com aumento de 3,4% na área a ser colhida.

Em relação a janeiro, hou­ve aumentos ainda nas esti­mativas da produção do trigo (16,8% ou 965,8 mil tonela­das), do café canephora (12,1% ou 98,1 mil toneladas), da ce­vada (9,0% ou 32,9 mil tone­ladas), da aveia (2,2% ou 21,3 mil toneladas), do café arábica (1,6% ou 30,6 mil toneladas), do milho de 2ª safra (0,3% ou 262,8 mil toneladas) e da soja (0,1% ou 117,2 mil toneladas).

Segundo o IBGE, são espe­radas quedas na produção do arroz (-0,1% ou 8,8 mil tone­ladas), do feijão 3ª safra (-0,1% ou 810 toneladas), do feijão 2ª safra (-0,7% ou 8,6 mil tonela­das), do tomate (-1,2% ou 46,0 mil toneladas), do milho 1ª sa­fra (-1,7% ou 441,3 mil tonela­das) e do feijão 1ª safra (-3,6% ou 46,8 mil toneladas).

As regiões Sul e Nordeste tiveram acréscimos em suas es­timativas de 14,1% e 0,9%, res­pectivamente. A primeira deve produzir 31,7% do total de grãos do país e a segunda, 8,7% do total. Já o Centro-Oeste, maior região produtora do país, que responde por 45,8% da safra na­cional, teve decréscimo em sua estimativa (-0,9%), bem como o Sudeste (-0,6%) e o Norte (-2,2%)”, afirmou o IBGE.

Conab
A Safra de Grãos 2020/21 ganha, no sexto levantamento divulgado pela Conab, um cres­cimento total na produção de 6%, para um volume estimado de 272,3 milhões de toneladas ou 15,4 milhões de toneladas superior ao obtido em 2019/20.

Já em relação à estimativa realizada no mês passado, houve um aumento de quatro milhões de toneladas, graças principal­mente ao crescimento de 6,7% na área de plantio do milho se­gunda safra. A pesquisa de cam­po foi realizada na última sema­na de fevereiro.

A previsão para o cereal é de uma produção total recorde, com a possibilidade de superar em 5,4% a safra 2019/20 e atingir mais de 108 milhões de toneladas. O volume histórico deve-se à par­ticipação assim distribuída: 23,5 milhões de toneladas na primei­ra safra, 82,8 milhões na segun­da e 1,8 milhão na terceira safra.

No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, há possibilidade de crescer 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares e produção de 135,1 milhões de toneladas.

O feijão também marca pre­sença evolutiva e crescimento estimado de 1,6% na produção das três safras, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primei­ra está em fase final de colhei­ta, já a segunda, em fase final de plantio. A terceira começa o plantio a partir da segunda quinzena de abril. Já para o ar­roz, há uma redução de 1,9% na produção frente à safra anterior, com uma produção prevista de 11 milhões de toneladas. Pouco mais de dez milhões de tonela­das são colhidas em cultivo irri­gado e 900 mil em sequeiro.

Área total
A área de plantio apresenta um aumento de 3,6% sobre a da safra anterior, estimada atu­almente em 68,3 milhões de hectares. Após a colheita, prin­cipalmente da soja e do milho primeira safra, são plantadas as lavouras de segunda e terceira safras e as de inverno em suces­são, que totalizam cerca de 20 milhões de hectares.

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