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Rússia ameaça cortar gás de outros países

WOJCIECH KARDAS/REUTERS

O porta-voz diz que a recu­sa de alguns países de mudar os contratos de gás para rublos reflete um desejo do Ocidente de “punir a Rússia a qualquer custo, em detrimento de seus próprios consumidores, contri­buintes e produtores”. Também rejeitou a descrição da União Europeia de que o corte de gás a Polônia e Bulgária foi uma “chantagem”.

“A Rússia continua sendo um fornecedor confiável de recursos de energia” e cum­priu suas obrigações contratu­ais, afirma o porta-voz. Pouco antes, a presidente da Comis­são Europeia, Ursula Von der Leyen, havia acusado a Rússia de usar o gás como “instrumen­to de chantagem”, após a esta­tal russa Gazprom anunciar a paralisação do fornecimento a Polônia e Bulgária.

Em comunicado, a líder do órgão executivo da União Eu­ropeia (UE) chamou a decisão de “inaceitável e injustificável”. “E mostra mais uma vez a fal­ta de confiabilidade da Rússia como fornecedora de gás”, afir­ma. Von der Leyen garante que o bloco está preparado para o cenário de interrupção da ofer­ta e busca alternativas para mi­tigar os efeitos da medida russa.

Segundo ela, a UE está em contato com parceiros interna­cionais e coordena uma resposta comum europeia. “Continuarei trabalhando com líderes euro­peus e mundiais para garantir a segurança do abastecimento de energia na Europa”, diz a presi­dente da Comissão Europeia.

Polônia e Bulgária também acusaram Moscou de usar gás natural para chantageá-los de­pois que a Gazprom confirmou que cortaria o fornecimento aos dois países. No Parlamento polonês, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki afirmou que a suspensão representa uma vingança pelas sanções das quais o Kremlin é alvo, após a invasão da Ucrânia.

Os parlamentares aplaudi­ram quando o premiê garan­tiu que Varsóvia não cederá à “chantagem do gás”. Na ter­ça-feira (26), horas antes do anúncio da interrupção do for­necimento, o governo polonês havia divulgado sanções contra 50 oligarcas e empresas russas, incluindo a Gazprom.

A Bulgária também diz ter sido informada pela estatal rus­sa de que o fornecimento de gás do país seria interrompido. O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, chama a suspen­são de “uma violação grosseira de seu contrato” e “chantagem”.

O ministro da Energia da Bulgária, Alexander Nikolov, afirma que seu país pode aten­der às necessidades da popu­lação por pelo menos um mês. “Abastecimentos alternativos estão disponíveis, e a Bulgária espera que rotas e suprimentos alternativos também sejam ga­rantidos a nível da União Euro­peia”, destaca.

Áustria
O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, nega que o país tenha aceitado pagar por gás vindo da Rússia em rublos, como foi noticiado por alguns veículos da imprensa, entre eles a agência russa Tass. Em uma publicação no Twitter, destaca que “a Áustria continuará a pa­gar as entregas de gás da Rússia em euros”.

Diz que o país “está ade­rindo às sanções da União Europeia (UE) acordadas em conjunto”. Em comunicado, a Gazprom disse que a suspen­são para a búlgara Bulgargaz e a polonesa PGNiG ficará em vigor até que pagamentos por gás fornecido desde 1º de abril sejam efetuados em rublos, como determinado pelo pre­sidente russo, Vladimir Putin, em 31 de março.

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