Uruguai 1930
No Uruguai, em 1930, o Brasil esteve presente para a disputa da 1ª Copa do Mundo, mas por causa de um desentendimento entre times do Rio de Janeiro e São Paulo os melhores jogadores da época não foram convocados. A seleção entrou em um triangular com Iugoslávia e Bolívia, onde somente o primeiro do grupo se classificaria. O Brasil perdeu para a Iugoslávia e venceu a Bolívia, sendo eliminado na primeira fase.
França 1938
Na França, a seleção brasileira ficou em terceiro lugar. Eliminou a Polônia nas oitavas de final e a Tchecoslováquia nas quartas, perdendo para a Itália na semifinal. Ganhou da Suécia na disputa do “bronze”. O brasileiro Leônidas da Silva, conhecido como “Diamante Negro”, foi o artilheiro da competição com sete gols. Considerado o melhor jogador do Brasil, desfalcou o time contra a Itália por exaustão muscular, mas três dias depois disputou a decisão de terceiro lugar contra a Suécia, marcando dois gols.
Brasil 1950
Na Copa do Mundo de 1950, a seleção brasileira era favorita ao título. Classificou-se em primeiro lugar do grupo e, no quadrangular final, goleou a Suécia pelo placar de 7 a 1 e a Espanha por 6 a 1. Precisava somente de um empate contra o Uruguai para obter o título, mas perdeu por 2 a 1 no chamado “Maracanaço”.
Suíça 1954
Na Copa do Mundo de 1954, o Brasil pela primeira vez usou o uniforme com a camisa amarela e o calção azul. Conseguiu se classificar para a segunda fase vencendo o México e empatando com a Iugoslávia, mas nas quartas de final enfrentou a poderosa Hungria de Kocsis e Puskás e perdeu por 4 a 2, sendo eliminada.
Suécia 1958
O primeiro título do Brasil. A seleção ficou em primeiro num grupo que tinha Inglaterra, União Soviética e Áustria. Venceu País de Gales nas quartas de final e, na semifinal, goleou a França por 5 a 2. A final foi disputada no Estádio Råsunda, contra a Suécia. O Brasil jogou de camisa azul e venceu por 5 a 2, mesmo placar que aplicara na semifinal. Nesta partida, a seleção teve jogadores como Pelé, Vavá, Belllini, Zito, Mazzolla, Garrincha, Didi, Gilmar e Zagallo. O Mundial de 1958 marcou para o mundo o surgimento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, com apenas 17 anos.
Chile 1962
A seleção logrou o bicampeonato nesta copa. O Brasil se classificou em primeiro lugar do grupo, na primeira fase. Eliminou a Inglaterra nas quarta de final e o Chile na semifinal. Na final, venceu a Tchecoslováquia por 3 a 1. Os jogadores Garrincha, Nilton Santos, Zagallo e Vavá foram destaques, já que Pelé se contundiu na primeira fase e foi substituído por Amarildo.
Inglaterra 1966
Na busca pelo tricampeonato, o Brasil apresentou desorganização, chegando a convocar mais de 40 jogadores antes dos cortes. Porém, havia no país a sensação de confiança de que ficaria com o título. A seleção acabou eliminada ainda na primeira fase, após vencer a Bulgária (2 a 0) e perder para Hungria (3 a 1) e Portugal (3 a 1), em partida marcada pelas jogadas violentas contra Pelé, que acabou se machucando.
México 1970
Em 1970, a seleção brasileira atingiu o ápice do futebol. O time treinado por Mário Jorge Lobo Zagallo é considerado um dos melhores de todos os tempos. Foi uma campanha irretocável. Na primeira fase, o Brasil derrotou a Tchecoslováquia (4 a 1), a então campeã Inglaterra (1 a 0) e a Romênia (3 a 2). Nas quartas-de-final, eliminou o Peru (4 a 2), treinado pelo brasileiro Didi. Nas semifinais, o prelúdio de um possível tricampeonato: os então bicampeões mundiais Brasil e Uruguai se enfrentaram, com vitória brasileira por 3 a 1.
Brasil e Itália, então bicampeões mundiais, duelaram na final, no Estádio Azteca, no México, disputando o título de primeira seleção tricampeã mundial, que conquistaria em definitivo a Taça Jules Rimet. O Brasil venceu por 4 a 1.
Em 2007, a revista inglesa World Soccer, numa pesquisa realizada entre especialistas de futebol de todo o mundo, elegeu a seleção brasileira de 1970 como o maior time de futebol de todos os tempos.
Alemanha Ocidental 1974
Zagallo e sua equipe, agora sem Pelé, tentaram o tetracampeonato. Porém, a seleção não resistiu à inovação colocada em campo pela “Laranja Mecânica” da Holanda, sendo eliminada na semifinal (2 a 0), e acabou em quarto lugar na Copa do Mundo, após perder a decisão de terceiro lugar para a Polônia (1 a 0).
Argentina 1978
A Copa da Argentina é certamente o mais suspeito dos Mundiais. O técnico Cláudio Coutinho criou uma das joias do anedotário futebolístico ao afirmar que o Brasil foi o “campeão moral” da competição, por não ter perdido nenhuma partida. Antes, Coutinho inovava o vocabulário futebolístico brasileiro falando em “overlapping” e “ponto futuro”. Ficou em terceiro lugar ao bater a Itália por 2 a 1. Mas o Mundial de 1978 ficou marcado por causa da segunda fase, no grupo de Brasil e Argentina, quando ocorreu uma das maiores polêmicas da história.
Na última rodada do quadrangular, o Brasil venceu a Polônia por 3 a 1. Com este resultado, restava à Argentina vencer o Peru por quatro gols de diferença para poder chegar à final. Os argentinos golearam por 6 a 0. Até hoje paira a suspeita de que os peruanos “entregaram” o jogo. “Teorias da conspiração” dizem que jogo pode ter sido “comprado” ou que a ditadura argentina teria ameaçado os jogadores do Peru.
Espanha 1982
A seleção brasileira possuía grandes jogadores como Zico, Sócrates, Falcão, Toninho Cerezo, Éder Aleixo, Oscar, Leandro, Júnior, Luisinho e outros craques comandados pelo técnico Telê Santana. Mas fi eliminada pela Itália, por 3 a 2, com três gols de Paolo Rossi, na última partida do Brasil no Grupo 3 da segunda fase da competição, numa partida em que o empate bastava ao Brasil para se classificar. A partida foi apelidada de “Tragédia do Sarriá”.
Até então, a campanha brasileira registrava apenas vitórias na competição, sobre União Soviética (2 a 1), Escócia (4 a 1) e Nova Zelândia (4 a 0), na primeira fase, e Argentina (3 a 1, com Maradona expulso após entrada violenta em Batista), na segunda etapa.o Estádio Sarriá, em Sevilha, já foi demolido. Aquele time de 1982 também é considerado um dos melhores da história, ao lado da seleção de 1970, da Hungria de 1954 e da Holanda de 1974 – essas duas vice-campeãs.
México 1986
O Brasil venceu seus três jogos na primeira fase (Espanha, Argélia e Irlanda do Norte), ficando em primeiro lugar do grupo na primeira fase. Goleou a Polônia por 4 a 0 nas oitavas de final e foi eliminado nas quartas pela França, nos pênaltis, em partida em que Zico perdeu uma penalidade no decorrer do jogo. Careca e Platini marcaram naquele jogo. A Copa do México ficou marcada por dois gols de Diego Maradona contra a Inglaterra, no período pós-Guerra das Malvinas: um golaço em que driblou meio time e goleiro britânico e o famoso gol de mão, que o argentino atribuiu à “mão de Deus”.
Itália 1990
Uma das piores participações da seleção em Copas do Mundo, apesar do vexame de 2014 (Alemanha 7 a 1). O Brasil de Sebastião Lazaroni venceu seus três jogos na primeira fase (Escócia, Suécia e Costa Rica), ficando em primeiro lugar do grupo, e foi eliminado nas oitavas pela então campeã Argentina, numa partida em que o lateral-esquerdo Branco sentiu-se sonolento porque bebeu água “batizada” com sonífero, oferecida a ele pelos argentinos. O Brasil ficou em nono lugar na classificação geral.
Estados Unidos 1994
Na fase de grupos, o Brasil venceu Rússia, Camarões e empatou com Suécia, ficando em primeiro do grupo. Nas oitavas de final, vitória por 1 a 0 sobre os anfitriões, em 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos. Nas quartas de final, vitória de 3 a 2 sobre a Holanda. Na semifinal, venceu a Suécia por 1 a 0. A final seria contra a Itália. O técnico era Carlos Alberto Parreira. O jogo e a prorrogação terminaram sem goles (0 a 0), e a seleção sagrou-se tetracampeã mundial nos pênaltis, depois que Roberto Baggio bateu por cima do gol defendido por Taffarel. Destaque para Romário, Bebeto e Dunga, o capitão.
França 1998
Antes da final, o Brasil ficara em primeiro no grupo, vencendo Escócia e Marrocos e perdendo para a Noruega. Na segunda fase, passou por Chile (4 a 1), Dinamarca (3 a 2) e Holanda (1 a 1 no tempo normal e 4 a 2 nos pênaltis), fazendo a final contra a anfitriã França. A derrota brasileira para a Noruega, por 2 a 1, foi a primeira do Brasil em primeira fase de Copa do Mundo desde 1966. Na final, o Brasil foi derrotado pela França por 3 a 0. Antes de iniciada a partida, foi divulgada a escalação do Brasil, com Edmundo no lugar de Ronaldo. Posteriormente, a escalação foi alterada, e o Fenômeno disputou a partida, apesar do mal-estar antes do jogo. Mas os franceses, sob o comando de Zinedine Zidane, acabaram com a partida.
Coreia do Sul/Japão 2002
A seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari, na preparação para a Copa do Mundo, não vinha apresentando bons resultados: o Brasil havia sido eliminado da Copa das Confederações e da Copa América, neste último caso perdendo para a seleção de Honduras. Porém, no Mundial, o time de Rivaldo, Ronaldo Fenômeno, Kaká, Ricardinho, Edilson e Ronaldinho Gaúcho obteve uma campanha numericamente perfeita, com 100% de aproveitamento.
Foram sete vitórias em sete jogos, contra Turquia, China, Costa Rica, Bélgica, Inglaterra, novamente Turquia e Alemanha. Ronaldo, que voltava de grave contusão, completamente desacreditado, marcou dois gols na final, contra a Alemanha, e foi o artilheiro com oito tentos. Em 1970, o Brasil se tornara a primeira seleção tricampeã mundial, em 1994 se tornara a primeira tetracampeã, e em 2002, a primeira pentacampeã.
Alemanha 2006
A seleção brasileira iniciou a competição como natural favorita, devido a ter participado das últimas três finais (1994, 1998 e 2002), com dois títulos (1994 e 2002). Porém, não inspirava confiança. O Brasil passou da primeira fase, vencendo os três adversários (Croácia, Austrália e Japão), derrotou Gana por 3 a 0 nas oitavas de final e foi eliminado nas quartas pela França, por 1 a 0, com gol de Thierry Henry.
África do Sul 2010
A seleção brasileira, tendo como técnico aquele que dentro de campo fora o capitão do tetracampeonato de 1994, Dunga, vencera todas as competições que disputou entre o Mundiais de 2006 e 2010: a Copa das Confederações, a Copa América e as Eliminatórias. Na Copa de 2010, ficou em primeiro lugar de seu grupo, vencendo duas partidas (Coreia do Norte e Costa do Marfim) e empatando uma, contra Portugal – partida disputada em claro “ritmo de amistoso”, pois o empate classificava ambas as equipes. O Brasil derrotou o Chile nas oitavas de final por 3 a 0, e nas quartas, contra a Holanda, saiu vencendo por 1 a 0 no primeiro tempo, mas cedeu e sofreu a virada por 2 a 1, sendo eliminado.
Brasil 2014
O maior vexame do Brasil em Copas do Mundo. Disputando o título em casa, ficou em primeiro lugar do grupo, vencendo a Croácia e Camarões e empatando com o México. Venceu o Chile nos pênaltis nas oitavas e venceu a Colômbia por 2 a 1 nas quartas, quando Neymar saiude campo com grave contusão. Sem seu principal jogador, com um esquema de jogo ultrapassado, foi massacrado pela Alemanha por 7 a 1 na semifinal, numa partida que posteriormente ficou conhecida como “Mineiraço” – o jogo foi no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Na disputa pela terceira colocação, outra decepção: perdeu para a Holanda por 3 a 0 e acabou ficando com o quarto lugar.
Sede da Copa do Mundo de 1950, o Brasil se tornou em 2014 o quinto país a sediar o Mundial da Fifa mais de uma vez, após Itália (1934 e 1990), França (1938 e 1998), México (1970 e 1986) e Alemanha (1974 e 2006). Ao lado do México, continua sendo um dos dois países que jamais venceram o Mundial com duas edições “caseiras”. Junto da Espanha, é a única seleção campeã mundial que jamais ergueu a taça em casa.