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‘Rurais’ vão dividir multa de R$ 396 mil

Trinta e três trabalhado­res rurais que trabalhavam no plantio de cana-de-açúcar na cidade de Guariba, a 57 qui­lômetros de Ribeirão Preto, na região metropolitana, rece­beram indenizações e verbas rescisórias do seu empregador após uma operação realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) que flagrou condições degradantes no alo­jamento dos migrantes, oriun­dos do estado do Maranhão.

Indenização
Cada um deles recebeu um total de R$ 12.000, incluindo direitos trabalhistas devidos e indenizações individuais. O empregador também con­cordou em pagar uma in­denização a título de danos morais coletivos no valor de R$ 100.000, verba que será revertida para instituições e/ ou órgãos públicos indicados pelo MPT. O montante total recolhido pelo empregador é de R$ 496.000.

Blitze
O Ministério Público do Trabalho inspecionou, entre os dias 7 e 13 de março, diversas propriedades rurais e aloja­mentos nas regiões de Guari­ba, Ituverava e Morro Agudo, com o objetivo de verificar as condições dos trabalhadores contratados para o plantio da cana-de-açúcar.

Na segunda-feira (13), em conjunto com fiscais do Mi­nistério do Trabalho e Em­prego (MPE) e com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os fiscais do MPT atu­aram na região de Guariba, onde encontraram condições degradantes em um aloja­mento destinado aos traba­lhadores, oriundos da região Nordeste do país.

Questões como higiene e conforto, número insuficien­te de banheiros e quartos su­perlotados foram fatores pre­ponderantes ao considerar o local inadequado para alojar 22 trabalhadores rurais vin­dos do Maranhão para atuar no cultivo de cana.

Na tarde de terça-feira (14), a Vara do Trabalho em Cravi­nhos estabeleceu que o empre­gador denunciado por manter trabalhadores rurais em situa­ção de moradia degradante em Guariba pague R$ 496 mil em multas e indenizações. O valor foi acordado durante audiên­cia de conciliação.

Guariba
Além dos 22 trabalhadores resgatados durante operação do MPT no início da semana, são contemplados outros onze empregados que já haviam dei­xado o alojamento. No dia 7, o MPT inspecionou duas frentes em Morro Agudo, onde foram encontrados cerca de 80 traba­lhadores sem registro em car­teira de trabalho e sem equipa­mentos de proteção individual (EPI), além de não haver sani­tários no local do plantio.

No dia 8 de março, a fiscali­zação interditou uma frente de trabalho em Ituverava, onde o plantio de cana era feito de cima de caminhões. Os fiscais consideraram risco grave e iminente de acidentes. Tam­bém encontraram trabalhado­res atuando na informalidade.

Os empregadores celebra­ram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT, onde se comprometeram a sa­nar as irregularidades, sob pena de multa por descumprimento. Também pagaram R$ 50 mil em indenizações e foram autuados.

“O MPT e as instituições parceiras continuarão a inspe­cionar as condições de traba­lho e moradia de trabalhado­res na região, haja vista a série de problemas encontrados nos últimos meses, que inclusive ensejaram resgate de condições análogas à escravidão. O objeti­vo é garantir a higidez e a dig­nidade nas relações laborais”, afirma o procurador Gustavo Rizzo Ricardo, que participou de todas as operações na região.

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