A prefeitura de Ribeirão Preto vai seguir as recomendações da Agência Nacional de Águas (ANA), que orientou a busca de um novo manancial para complementar o abastecimento de água na cidade. Atualmente, toda a água consumida em Ribeirão Preto é oriunda do Aquífero Guarani. Segundo a Secretaria de Água e Esgotos de Ribeirão (Saerp) o município tem 120 poços artesianos e cerca e de 204 mil ligações de água.
No mais recente “Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água”, lançado no ano passado, a ANA aponta que Ribeirão Preto e outros 73 municípios necessitam de novos mananciais, considerando a insuficiência de disponibilidade hídrica superficial ou subterrânea para o atendimento da demanda no longo prazo. O Atlas incorporou conceitos e ferramentas do Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) e avançou no diagnóstico e no planejamento da segurança hídrica das cidades brasileiras.
Para a realização do estudo a administração municipal conseguiu, junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional, recursos para custear um minucioso projeto de infraestrutura e respectivos estudos ambientais que analisarão a viabilidade de aproveitamento da água do rio Pardo para o abastecimento do município.
O valor total previsto para a elaboração dos estudos e projeto é de R$ 3.118.368,93, dos quais R$ 2.962.450,48 serão financiados pelo Ministério do Desenvolvimento, e os R$ 155.918,45 restantes serão contrapartida da Secretaria Municipal de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Saerp).
Atualmente, o abastecimento de água na cidade é totalmente feito a partir do Aquífero Guarani, mas estudos geológicos apontam queda nos níveis do manancial, o que acende um alerta quanto à preservação da fonte e necessidade de busca de novas alternativas de captação de água.
A atual concepção da operação do abastecimento de água de Ribeirão Preto já está sendo revista e reestruturada, através de um programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas. Com os investimentos feitos até o momento, as perdas no sistema de abastecimento foram reduzidas em 25,3%, passando de 61,48%, em 2016, para 49,06% em 2020. O programa pretende reduzir ainda mais essas perdas e recuperar um volume aproximado de 1 m³/s, a fim de garantir o abastecimento da cidade no médio prazo e diminuir a pressão sobre o Aquífero.