O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira, 18 de janeiro, a criação de cinco novas Fábricas de Cultura 4.0 em 2022, uma delas em Ribeirão Preto e as outras quatro em Heliópolis, na capital paulista, Iguape, Osasco e Santos. Este é o principal programa de inclusão cultural do país, com investimento de R$ 60,5 milhões do Estado.
“Aceleramos o processo das Fábricas de Cultura para se tornarem 4.0. Ao todo, temos um investimento de R$ 60 milhões, pois acreditamos e valorizamos a educação e a cultura. Isso é um orgulho para São Paulo, atender os mais humildes e os mais pobres”, diz o governador João Doria (PSDB). O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) esteve no Palácio dos Bandeirantes.
“Teremos um enorme trabalho pela frente para recuperar essa defasagem educacional que a pandemia impôs ao mundo todo. A cultura é uma forma de minimizarmos esses impactos. As Fábricas de Cultura servirão de instrumento para este desafio”, diz o prefeito de Ribeirão Preto.
Ribeirão Preto ganhará uma unidade da Fábrica 4.0 no Complexo Cultural Morro do São Bento. Serão 105 cursos ministrados, com 2.670 vagas e 850 atividades de difusão, para um público estimado em 140 mil pessoas. O investimento total é de R$ 5 milhões, com custeio anual de R$ 9,6 milhões.
O aporte total em 2021/2022 chega a R$ 9,9 milhões. O início do funcionamento está previsto para julho deste ano, sob gestão da Organização Social Catavento Cultural. O Morro do São Bento foi escolhido para abrigar a primeira Fábrica de Cultura 4.0 do interior e receberá reforma e adequações após processo de licitação.
Trata-se de um projeto desenvolvido pelo governo de São Paulo, dedicado à promoção cultural e com acesso totalmente gratuito. A iniciativa segue o conceito de um novo espaço para um novo tempo. O modelo, incluindo seu projeto educacional, é voltado para a quarta revolução industrial, impulsionada pela convergência digital e pela economia criativa.
O projeto consiste em qualificar um equipamento cultural para receber atividades de formação cultural, artes e tecnologias, empregando equipe local para lecionar e desenvolver projetos de artes plásticas, artes cênicas, música (com estúdio de gravação), robótica, games e programação.
Os cursos serão divididos em Ateliês de Criação (destinados a crianças e jovens entre oito e 21 anos) e Trilhas de Produção (para jovens entre 12 e 29 anos), além do Projeto Espetáculo, que proporciona uma experiência de produção artística em que os participantes, jovens entre 12 e 21 anos, vivenciam todos os aspectos da montagem de um espetáculo teatral.
O processo licitatório para o projeto executivo foi lançado no ano passado com valor estimado de R$ 413 mil. Em 13 de maio, o titular da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Sá Leitão, esteve em Ribeirão Preto e aproveitou para conhecer esquipamentos culturais ligados ao programa.
Esteve na Casa da Cultura Juscelino Kubitschek e nos teatros Municipal e de Arena Jaime Zeiger, todos no Morro do São Bento, e ainda aproveitou para conhecer o Theatro Pedro II e o Centro Cultural Palace, ambos no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. Em onze anos, as doze unidades das Fábricas de Cultura em funcionamento atenderam 12,5 milhões de pessoas.
Ainda formaram 359.225 mil aprendizes, por meio das 38.995 mil ações de difusão e cursos realizados. O projeto, focado na formação, produção e difusão cultural e destinado para jovens em situação de vulnerabilidade social de 14 a 24 anos, tem nove unidades em comunidades da capital.
Conta ainda com unidades em Diadema e outra em São Bernardo do Campo, a primeira na modalidade 4.0, inaugurada em setembro de 2020, que já atendeu 270.233 pessoas e formou 2.600 alunos, por meio das 110 ações de difusão e cursos realizados. Essa é a maior expansão já realizada desde o início do programa, em 2011.
As Fábricas de Cultura têm como foco as diversas linguagens culturais. Na versão 4.0, as unidades focam em tecnologia, inovação e criatividade, com cursos de audiovisual, artes visuais, dança, circo, design, drones, games, literatura, moda, música, programação e robótica. As cinco novas unidades terão espaço maker, coworking, bibliotech, estúdios profissionais, auditório e espaço multiuso.
As unidades irão impactar cerca de dois milhões de pessoas dessas regiões, com aporte total em 2021/2022 de R$ 85 milhões. Serão 667 cursos oferecidos por ano, um total de 12.585 vagas, e 3.389 atividades de difusão para um público de 618 mil pessoas nas cinco cidades. O custeio anual das cinco Fábricas 4.0 será de R$ 42,4 milhões.
“Essa é a maior expansão já feita no Programa Fábricas de Cultura do Estado de São Paulo, projeto que é referência nacional e internacional”, afirma Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa. “São equipamentos de alta qualidade, instalados na periferia de São Paulo.”