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RP vai expandir rede de ciclovias

O governo Duarte No­gueira (PSDB) vai contratar empresa ou consórcio de con­sultoria para a elaboração do Plano Cicloviário Municipal, denominado Ribeirão Preto Ciclável. A licitação, na mo­dalidade tomada de preços, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de segun­da-feira, 3 de abril.

Investimento
O custo estimado é de R$ 767.371,67 e a abertura dos envelopes com as propostas está prevista para 5 de maio. A duração do contrato para a realização do Plano Cicloviá­rio é de nove meses, mas pode ser prorrogada. O órgão gestor e fiscalizador será a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.

Até 2040
A empresa vencedora da licitação deverá elaborar proje­ção do setor até o ano de 2040, devendo considerar a expan­são de viagens do transporte por bicicleta. O Ribeirão Preto Ciclável deve ser desenvolvido em cinco etapas de trabalho.

Vão da preparação do processo, passando por diag­nóstico técnico, proposições, implementação do plano de gestão, definição das estratégias para medição de resultados e acompanhamento da imple­mentação das ações propostas e aprovadas. Prevê também a re­alização de audiências públicas.

Amiga bike
Segundo o edital de licita­ção, a bicicleta já faz parte do cotidiano do ribeirão-preta­no, sendo bastante utilizada na prática esportiva e de lazer e também por milhares de trabalhadores. Contudo, ain­da não é encarada como um modo efetivo de transporte que pode contribuir para os deslocamentos de curta e mé­dia distância.

Entretanto, segundo o go­verno, a limitada infraestru­tura dedicada a esse modo de transporte amplifica esse problema. A cidade conta atu­almente com 35 quilômetros de ciclovias implantadas. De acordo com a prefeitura de Ribeirão Preto, esses trechos não podem ser caracterizados como rede, pois o sistema é bastante fragmentado.

“Dessa forma, o Plano Ri­beirão Preto Ciclável deverá auxiliar o município no de­senvolvimento de políticas públicas que possam efetiva­mente ampliar a participação da bicicleta na divisão modal local, qualificando a rede ci­cloviária, comunicando sua importância para toda a po­pulação, estabelecendo ações educativas, divulgando as vantagens e benefícios de seu uso e promovendo o respeito ao ciclista por usuários dos diversos modos de transpor­te”, diz parte da justificativa do governo municipal.

Limpa e saudável
O governo argumenta ainda que a bicicleta vem ga­nhando destaque em diversas cidades e países por represen­tar uma alternativa limpa, de baixo custo e que promove be­nefícios diretos à saúde de seus usuários. Investimentos nesse modo de transporte promo­vem, portanto, melhorias na mobilidade urbana, meio am­biente, saúde e bem-estar.

Em Ribeirão Preto, uma pesquisa origem-destino (OD) realizada em 2011 aponta uma predominância de viagens rea­lizadas pelos modos individu­ais motorizados de transporte (52%). Já os modos ativos não passam dos 25% das viagens realizadas – das quais apenas 3% correspondem à bicicleta.

Já o transporte coletivo re­presenta 18% desse total. “Tal condição leva à necessidade de uma ação emergencial em favor de uma mobilidade ur­bana dedicada às pessoas e não mais aos veículos, buscando soluções para humanizar a ci­dade e tornar o espaço público mais atrativo, seguro e confor­tável para a população”, afirma o Executivo.

Mobilidade
Em junho de 2021, foi criado, na Secretaria de Plane­jamento e Desenvolvimento Urbano, o Departamento de Mobilidade Urbana, fruto da reorganização administrativa. Nasceu com o propósito de repensar os deslocamentos de pessoas e de bens na cidade. O principal objetivo de curto prazo para o departamento foi a criação do Plano de Mo­bilidade Urbana Ribeirão Pre­to/2022.

As diretrizes que norteiam o futuro da mobilidade urbana de Ribeirão Preto estão pauta­das pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (lei federal nº 12.587/2012) e pelo Plano Diretor Municipal (lei comple­mentar nº 2.866/2018), sendo consolidadas em seis macro­diretrizes. São elas: mobilidade para as pessoas, transporte pú­blico coletivo de qualidade, mobilidade ambientalmente responsável, mobilidade in­teligente, eficiência logística e mobilidade metropolitana.

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