Tribuna Ribeirão
Saúde

RP ultrapassa 2.740 óbitos por covid

ROVENA ROSA/AG.BR.

Ribeirão Preto registrou mais nove mortes por covid-19, segundo o Boletim Epidemio­lógico da Secretaria Municipal da Saúde. O município corre o risco de ultrapassar 2.800 óbi­tos ainda neste mês, apesar de essa possibilidade ser remota. A incidência de casos fatais está desacelerando, reflexo do avanço da vacinação e também do lockdown imposto entre 27 de maio e 6 de junho.

Nesta segunda-feira, 9 de agosto, o número de falecimen­tos em decorrência da doença chegou a 2.741, alta de 0,3% em relação aos 2.732 anunciados até sexta-feira (6). Há um óbito ofi­cial em agosto, mas 26 pessoas morreram de covid-19 este mês, mais de três por dia. Maio ter­minou com 384 mortes, doze a cada 24 horas, segundo os dados oficiais. Já é o segundo mês com mais óbitos da pandemia, atrás de março (401), treze por dia, o período com mais falecimentos.

O recorde do ano passado pertence a julho (244). São 347 vítimas fatais em junho de 2021, onze por dia, mas apenas 176 aparecem no balanço oficial. Já é o terceiro mês com mais óbi­tos da pandemia, à frente de abril (331) deste ano – o boletim aponta 288 ocorrências oficiais.

Há 65 registros oficiais em julho, mas 141 casos já foram anunciados, quatro por dia. Ja­neiro soma 173. São 209 casos em fevereiro. O recorde de fa­lecimentos anunciados em um único boletim pertence a 14 de junho, de 36. Superou o de 8 de junho, de 33 óbitos. Antes era de 6 de abril, de 32 vítimas fatais.

O total de mortes por co­vid-19 em menos de oito meses de 2021, de 1.697, já é 62,5% superior ao registrado em nove meses do ano passado (de mar­ço a dezembro), de 1.044 óbitos. São 653 a mais. O recorde de falecimentos em 24 horas é de 3 de junho, de 26 óbitos, contra 23 de 1º de abril. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13.

De 26 de março de 2020, data do primeiro óbito, a 15 de janeiro deste ano, data da mi­lésima morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias. Duas das ocorrências fatais do último boletim foram registradas em 30 e 31 de julho. As outras sete ocorreram em um período de 72 horas, entre quin­ta-feira (5) e sábado, 7 de agosto. As vítimas são seis homens e três mulheres com idade entre 47 e 89 anos. Três estavam abaixo dos 60 anos.

Cinco pacientes estavam em hospitais públicos, dois morreram em instituições particulares e dois faleceram em casa. Segundo a secreta­ria, todas essas pessoas tinham problemas de saúde, comor­bidades e eram portadoras de doenças graves como cardio­vascular, hematológica e neu­rológica crônicas, obesidade, hipertensão arterial, asma e diabetes mellitus.

A tendência voltou a ser de queda na comparação semanal. Entre 26 de julho e 1º de agosto ocorreram 28 falecimentos na cidade, um a cada seis horas. Nos sete dias subsequentes, en­tre 2 e 8 de agosto, foram confir­mados mais 21 óbitos, também um a cada oito horas, recuo de 25% e sete casos a menos. Se comparação considerar o perío­do de 14 dias, a tendência tam­bém é de baixa.

Entre 12 e 25 de julho fo­ram 63 mortes, um faleci­mento a cada cinco horas e 20 minutos. Entre 26 de julho e 8 de agosto a cidade registrou 49 óbitos, cerca de um a cada seis horas e 51 minutos, 14 a me­nos e recuo de 22,2% em re­lação ao período anterior. São 112 no total de 28 dias.

Os meses com menos faleci­mentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em mea­dos do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia caiu de 2,8% para 2,7% – che­gou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 1,9% em janeiro, 4,1% em fevereiro e 4,1% em março.

Era de 3,6% em abril, chegou a 3,3% em maio, fechou junho em 1,7%, 1,1% em julho e já está em 0,1% em agosto. A média neste ano subiu agora de 2,5% para 2,7% em março, em abril passou de 2,8% para 2,9%, su­biu para 3% em maio, caiu para 2,9% e agora está em 2,8%, ain­da acima dos índices regional (2,6%) e mundial (2,1%), igual ao nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%).

Por sexo, as vítimas da co­vid-19 são 1.524 homens (55,6%) e 1.217 mulheres (44,4%). A mais jovem em toda a pandemia é o bebê de um mês que morreu em 22 de junho. A segunda é um me­nino de seis meses que faleceu em 12 de junho. Uma menina de três anos que morreu em 1º de junho deste ano é a segunda.

A mais idosa é uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 de fevereiro de 2021. O municí­pio de Ribeirão Preto superou a marca de 102,7 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 102.792. O Boletim Epide­miológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.

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