Tribuna Ribeirão
Saúde

RP ultrapassa 2.720 mortes por covid

ROVENA ROSA/AG.BR.

Ribeirão Preto registrou mais nove mortes por covid-19, se­gundo o Boletim Epidemioló­gico da Secretaria Municipal da Saúde, e corre o risco de ultra­passar 2.800 óbitos ainda neste mês, apesar de essa possibilida­de ser remota. A incidência de casos fatais está desacelerando, reflexo do avanço da vacinação e também do lockdown im­posto entre 27 de maio e 6 de junho, mesmo com a alta dos últimos sete dias.

Nesta quarta-feira, 4 de agosto, o número de falecimen­tos em decorrência da doença chegou a 2.721, alta de 0,3% em relação às 2.712 anunciados até trerça-feira (3). Ainda não há óbitos oficiais em agosto, mas dez pessoas morreram de co­vid-19 este mês, três por dia. Maio terminou com 385 mor­tes, doze a cada 24 horas, se­gundo os dados oficiais.

Já é o segundo mês com mais óbitos da pandemia, atrás de março (401), treze por dia, o período com mais falecimentos. O recorde do ano passado per­tence a julho (244). São 347 víti­mas fatais em junho, quase doze por dia, mas apenas 171 apare­cem no balanço oficial. Já é o terceiro mês com mais óbitos da pandemia, à frente de abril (330) deste ano – o boletim aponta 286 ocorrências oficiais.

Há 52 registros oficiais em julho, mas 138 casos já foram anunciados, quatro por dia. Ja­neiro soma 173. São 209 casos em fevereiro. O recorde de fa­lecimentos anunciados em um único boletim pertence a 14 de junho, de 36. Superou o de 8 de junho, de 33 óbitos. Antes era de 6 de abril, de 32 vítimas fatais.

O total de mortes por co­vid-19 em menos de oito meses de 2021, de 1.677, já é 60,6% superior ao registrado em nove meses do ano passado (de mar­ço a dezembro), de 1.044 óbitos. São 633 a mais. O recorde de falecimentos em 24 horas é de 3 de junho, de 26 óbitos, contra 23 de 1º de abril. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13.

De 26 de março de 2020, data do primeiro óbito, a 15 de janeiro deste ano, data da milési­ma morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias. Duas das ocorrências fatais do último boletim foram registra­das nos dias 18 e 19 de julho. As outras sete ocorreram entre 30 de julho e a última segunda-fei­ra, 2 de agosto. As vítimas são três homens e seis mulheres com idade entre 38 e 87 anos. Apenas uma estava abaixo dos 60 anos.

Seis pacientes estavam em hospitais públicos e três morre­ram em instituições particulares. Duas mulheres, de 38 e 61 anos, não tinham problemas de saúde e nem comorbidades. As outras sete pessoas ou eram portadoras de doenças graves como car­diovascular, pulmonar, renal e neurológica crônicas, obesidade, imunodepressão, hipertensão arterial e diabetes mellitus.

A tendência voltou a ser de alta na comparação semanal. Entre 21 e 27 de julho ocorre­ram 21 falecimentos na cidade, um a cada oito horas. Nos sete dias subsequentes, entre 28 de julho e 3 de agosto, foram con­firmados mais 26 óbitos, tam­bém um a cada seis horas e 28 minutos, aumento de 23,8% e cinco casos a mais.

Se a comparação considerar o período de 14 dias, a tendência ainda é de queda. Entre 7 e 20 de julho foram 75 mortes, um falecimento a cada quatro horas e 29 minutos. Entre 21 de julho e 3 de agosto a cidade registrou 47 óbitos, cerca de um a cada sete horas e nove minutos, 28 a me­nos a mais e recuo de 37,3% em relação ao período anterior. São 122 no total de 28 dias.

Os meses com menos faleci­mentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em mea­dos do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia caiu de 2,8% para 2,7% – che­gou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 1,9% em janeiro, 4,1% em fevereiro e 4,1% em março.

Era de 3,6% em abril, chegou a 3,3% em maio, fechou junho em 1,6% e já está em 0,9% em julho. A média neste ano subiu agora de 2,5% para 2,7% em março, em abril passou de 2,8% para 2,9%, subiu para 3% em maio, caiu para 2,9% e agora está em 2,8%, ainda acima dos índi­ces regional (2,6%) e mundial (2,1%), igual ao nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%).

Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.513 homens (55,6%) e 1.208 mulheres (44,4%). A mais jovem em toda a pandemia é o bebê de um mês que morreu em 22 de junho. A segunda é um menino de seis meses que faleceu em 12 de ju­nho. Uma menina de três anos que morreu em 1º de junho des­te ano é a segunda.

A mais idosa é uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 de fevereiro de 2021. O municí­pio de Ribeirão Preto superou a marca de 101,7 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 101.701. O Boletim Epide­miológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.

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