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RP transfere 270 alunos de creche

ALFREDO RISK

Desde esta segunda-feira, 18 de novembro, os 270 alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Neide Apareci­da Golfeto Castro, localizada na rua México, na Vila Mariana, Zona Norte de Ribeirão Preto, estão temporariamente alo­cados no Centro Educacional Municipal de Ensino Integral (Cemei) João Gilberto Sam­paio, no mesmo bairro, a 1,5 quilômetro de distância.

A transferência, segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, ocorreu depois que o município interditou a unidade escolar por causa do risco desabamento do teto. Segundo a Secretaria Muni­cipal da Educação, o telhado do imóvel já apresentava problemas estruturais, mas a forte chuva da semana passada agravou o pro­blema, por isso a opção de inter­ditar a escola preventivamente.

“Como divulgado, a escola passou por obras emergenciais e agora passa por outras de manutenção, iniciando pelos reparos nos telhados, devido ao período de chuvas e para ga­rantir a segurança dos alunos”, diz texto da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS). A previsão é de que as obras es­tejam concluídas em 15 dias. A administração municipal infor­mou que está investindo cerca de R$ 11 milhões na reforma de 108 escolas municipais.

A Emei Neide Aparecida Golfeto foi desocupada na úl­tima quinta-feira (14), mas os pais foram comunicados sobre a mudança um dia antes. A Se­cretaria da Educação já passou alguns perrengues por causa da precária infraestrutura de algumas unidades escolares. A prefeitura já anunciou, em 19 de julho, o local onde preten­de construir a nova Escola de Ensino Fundamental (Emef) Professor Domingos Angera­mi, no jardim Pedra Branca, na Zona Leste.

A nova unidade escolar será na avenida Julieta Engrácia Gar­cia. A construção foi necessária por causa da interdição pela Justiça de Ribeirão Preto, em setembro do ano passado, da an­tiga escola. O bairro faz parte do Complexo Ribeirão Verde, na Zona Leste da cidade.

Na época, o juiz Paulo Ce­sar Gentile, da Vara da Infância e da Juventude, com base em pedido feito pelo promotor da Educação, Naul Felca, apontou a existência de gravíssima situação de risco de incêndio no local já que, ela apresentava graves pro­blemas estruturais, entre eles, na rede de energia elétrica.

A situação era tão grave que o imóvel sequer pode ser refor­mado. Em 17 de julho do ano passado, os 400 alunos foram transferidos para uma antiga unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) localizada na Vila Tamandaré, região do bair­ro Campos Elíseos. O local fica 5,7 quilômetros de distância da antiga escola. A transferência já completou mais de um ano.

Segundo a administração municipal, a próxima etapa será a abertura do processo licitató­rio. Estes trâmites, caso não haja contestações durante o certame, deveriam demorar 90 dias. Já as obras levarão cerca de doze me­ses, por isso a escola só deverá começar a atender em 2021.

Com uma área de 7.400 me­tros quadrados, a nova Profes­sor Domingos Angerami terá capacidade para 800 alunos, doze salas de aula, laboratório de informática, sala para leitura e quadra poliesportiva coberta. A estimativa é que serão investidos R$ 10 milhões nas obras e R$ 2 milhões para equipá-la.

Construído na década de 1940, o prédio da Domingos Angerami foi interditado de­vido às más condições das instalações elétricas e o risco de incêndio no local. A pasta alega que o local passou por mudanças estruturais sem o devido cuidado com o projeto de engenharia.

Outra interdição
A Emef Domingos An­gerami não foi a única esco­la municipal interditada por causa de problemas estrutu­rais. No dia 10 de abril deste ano, o juiz Reginaldo Siqueira, da 1ª Vara da Fazenda Públi­ca de Ribeirão Preto, também atendendo pedido feito pelo promotor Naul Felca, deter­minou a interdição do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Antônio Palocci, no Jardim José Sampaio, na Zona Oeste da cidade.

A interdição foi determina­da por causa de 15 problemas estruturais, principalmente na rede elétrica, apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE) em ação civil. As aulas para os cerca de 780 alunos só foram retomadas 40 depois da interdição, quando a prefeitu­ra terminou as obras de ma­nutenção na unidade.

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