Nesta quinta-feira, 26 de agosto, o Ministério do Trabalho divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A economia de Ribeirão Preto fechou julho com saldo de 1.949 novas de emprego com carteira assinada, o 13º superávit seguido desde julho do ano passado.
O resultado de julho, fruto de 9.667 admissões e 7.718 demissões, é cinco vezes superior ao superávit de 381 postos do mesmo mês do ano passado, o quarto da fase mais severa pandemia de coronavírus na cidade, quando a economia ribeirão-pretana contratou 6.386 pessoas e dispensou 6.005. São 1.568 postos de trabalho a mais em 2021, alta de 411,5%.
Na comparação com o saldo de 1.309 novos empregos com carteira assinada de junho deste ano (fruto de 8.675 contratações e 7.366 rescisões, dados atualizados ontem), a alta chega a 48,9% em julho, com a abertura de 640 vagas. O resultado de 1.949 novos postos também é mais significativo para junho em quase 20 anos, desde o início da série histórica, em 2003.
O segundo lugar pertence a 2010, quando o superávit chegou a 1.063 novas vagas (8.432 contratações e 7.369 rescisões). O pior resultado da série histórica ocorreu em junho de 2015, quando a economia ribeirão-pretana encerrou o mês com fechamento de 773 postos de trabalho com carteira assinada, com 7.258 admissões e 8.031 demissões.
Em sete meses deste ano, a cidade contabiliza superávit de 8.874 empregos formais (62.448 contratações e 53.574 demissões), contra déficit de 8.230 do mesmo período de 2020 (foram 46.899 admissões e 55.129 demissões). O aumento em 2021 passa de 207,8%, com a abertura de 17.104 vagas a mais. Também é o melhor resultado da série histórica.
Desde 2003, o segundo melhor resultado para o período dos sete primeiros meses ocorreu em 2011, com superávit de 8.510 empregos formais (69.220 admissões e 60.710 demissões). O pior desempenho é o do ano passado, déficit de 8.230 vagas. O segundo pertence a 2015, com rombo de 2.515 postos de trabalho (62.458 contratações e 64.973 rescisões).
Ribeirão Preto também conseguiu reverter o saldo negativo da pandemia. Entre abril de 2020 e julho de 2021, período das restrições impostas pela quarentena, a cidade contratou 124.756 pessoas e demitiu 116.285, superávit de 8.471. Em doze meses, o superávit do emprego formal em Ribeirão Preto é de 16.730 novas carteiras assinadas (105.298 admissões e 86.568 demissões).
Também é o melhor resultado da série histórica. Antes, era de 2010, com saldo de 14.216 empregos (98.987 contratações e 84.771 rescisões). O pior déficit é de 2016, de 5.517 carteiras assinadas a menos (88.829 novos contratos e 94.346 demissões). Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente.
O Ministério do Trabalho alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês. Em 2021, Ribeirão Preto registrou superávit em janeiro (1.253), fevereiro (1.624), março (383), abril (677), maio (1.679), junho (1.309) e julho (1.949)
No ano passado, Ribeirão Preto registrou superávit em janeiro (465), fevereiro (1.287), julho (381), agosto (868), setembro (1.518), outubro (2.124), novembro (2.939, o melhor resultado da pandemia e dos últimos anos) e dezembro (407). Os déficits ocorreram em março (-1.723 vagas), abril (-5.515, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.733) e junho (-392).
Ribeirão Preto fechou o ano de 2020 com déficit de 389 vagas de emprego formal, resultado de 89.745 admissões e 90.1348 demissões. Em comparação com 2019, quando a economia local registrou superávit de 3.260 carteiras assinadas (99.483 contratações e 96.223 rescisões), a queda chega a 111,9% e menos 3.649 postos. O superávit de 2019 foi o quarto resultado mais expressivo do estado. Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917).
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em Ribeirão Preto, as cinco principais atividades econômicas da cidade fecharam julho com superávit de vagas de emprego formal – Comércio, serviços, indústria, construção civil e agropecuária.
O comércio fechou julho com saldo positivo de 512 postos de trabalho, fruto de 2.543 admissões e 2.031 demissões. Em sete meses, contratou 15.692 e demitiu 14.440, superávit de 1.252. Nos últimos doze meses, o superávit é de 4.070 vagas, fruto de 28.119 admissões e 24.049 demissões.
O setor de serviços registrou 5.398 contratações e 4.297 rescisões, superávit de 1.101 empregos formais. Em sete meses, contratou 35.376 e demitiu 30.418, saldo positivo de 4.958. Em doze meses, foram 58.430 contratações e 49.796 rescisões, superávit de 8.634 empregos formais.
A indústria admitiu 859 trabalhadores e demitiu 682, com saldo positivo de 177 empregos formais. Neste ano, contratou 5.390 e demitiu 4.256, superávit de 1.134. Em doze meses, o saldo positivo chega a 2.251, resultado de 9.297 contratações e 7.046 rescisões.
A construção civil fechou o mês passado com superávit de 150 carteiras assinadas, fruto de 841 admissões e 691 demissões. De janeiro a julho, contratou 5.803 e demitiu 4.289, saldo positivo de 1.514. Em doze meses, o saldo positivo chega a 1.750, resultado de 9.102 contratações e 7.352 rescisões.
A agropecuária admitiu 26 funcionários e dispensou 17, superávit de nove vagas no mês passado. Em sete meses, contratou 187 e demitiu 171, superávit de 16. Em doze meses, contratou 350 pessoas e dispensou 325, saldo de 25 novos contratos.