A Secretaria Municipal da Saúde confirmou mais sete mortes por covid-19 no final de semana em Ribeirão Preto, segundo as três últimas edições do Boletim Epidemiológico, e o município pode chegar a 700 falecimentos ainda neste mês. Nesta segunda-feira, 21 de setembro, a cidade somava 689 vítimas fatais do novo coronavírus, alta de 1% em relação às 682 de sexta-feira (18).
Os óbitos ocorreram em período de 72 horas, entre quarta (16) e sexta-feira (18). A tendência voltou a ser de queda na comparação semanal. Entre 7 e 13 de setembro, ocorreram 47 mortes na cidade, média de quase sete falecimentos por dia (6,7).
Nos sete dias subsequentes, entre 14 e 20 de setembro, foram confirmados mais 22 óbitos com a atualização de ontem, média diária de três – um a cada oito horas. O recuo é de 53,2% e 25 e vítimas fatais a menos. O dia com mais mortes confirmadas ainda é 4 de agosto, quando a pasta anunciou 18 falecimentos.
O recorde de óbitos em 24 horas pertence a 24 de julho, com 13. Em 3 de agosto e em 18 de julho foram registrados onze casos fatais em cada e, no dia 7 de julho, doze. O município ultrapassou a marca de 25,6 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 25.609.
O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença. O balanço da pasta traz 239 falecimentos em julho. Tem ainda 206 de junho, 66 de maio, onze de abril, dois de março e 146 de agosto, mas 198 pessoas morreram no mês passado – média diária superior a seis (6,6), cerca de um a cada quatro horas.
O boletim computa apenas 19 mortes em setembro, mas 100 pessoas já faleceram neste mês, cinco por dia. A taxa de letalidade está em 2,7% – chegou a 5,3% em abril e a 5,4% em maio. Continua no mesmo patamar do índice regional (2,7%) e abaixo do estadual (3,6%), do nacional (3%) e do mundial (3,1%). A mais baixa até agora é a de agosto, de 1,6%, abaixo inclusive à taxa de março, de 2,1%. Em junho foi de 3,1% e, em julho, de 2,7%.
Quatro das novas vítimas são do sexo masculino e três, do feminino. Entre elas está uma gestante de 25 anos, portadora de diabetes mellitus e obesidade, que foi infectada pelo coronavírus durante a gravidez e morreu após o parto, que ocorreu recentemente. O bebê passa bem.
Quatro pacientes estavam internados em hospitais públicos e três, em instituições particulares. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, ligado à secretaria, as vítimas tinham entre 25 e 88 anos, seis apresentavam doenças preexistentes confirmadas e um caso está sendo investigado pela Secretaria Municipal da Saúde.
Por sexo, são 401 homens (58,2%) e 288 mulheres (41,8%). A vítima mais jovem é uma mulher de 23 anos que morreu em 28 de junho e a mais idosa, uma senhora de 101 anos que faleceu no 20 do mesmo mês. Seiscentas e trinta e três tinham alguma comorbidade (91,9%).
Um senhor de 76 anos, um homem de 41, outros dois de 42, uma mulher de 55, um senhor e uma senhora de 65, um munícipe de 75, um idoso de 79 e uma idosa de 90 anos não tinham doenças preexistentes (1,4%) e 46 casos estão sob investigação (6,7%). Cento e dez pessoas tinham menos de 60 anos (16%) e 579 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias, nonagenárias ou centenárias (84%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 20 a 29 anos (cinco, 1%), de 30 e 39 anos (16, ou 2%), de 40 a 49 anos (27, 4%), entre 50 e 59 anos (63, ou 9%), entre 60 e 69 anos (131, ou 19%), de 70 a 79 anos (204, ou 30%), de 80 a 89 anos (182, ou 26%) e de 90 anos ou mais (61, ou 9%).