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RP tem 3.523 casos de dengue

Mosquito transmissor da Dengue - Divulgação

Com duas mortes por dengue hemorrágica confirmadas pela Secretaria Municipal da Saúde, Ribeirão Preto luta para tentar conter o avanço da doença, mas os números do mais recente Boletim Epidemiológico, divulgado nesta quinta-feira, 16 de maio, indicam que o mosquito Aedes aegypti faz cada vez mais vítimas na cidade. O relatório traz dados alarmantes, com alto risco de epidemia, e a po­pulação deve ficar atenta porque em 80% dos casos o criadouro do vetor está dentro de casa.

Ribeirão Preto já registrou 3.523 casos de dengue entre 1º de janeiro e 15 de maio, 3.336 a mais do que os 187 do primeiro quin­quemestre inteiro de 2018, alta de 1.783,9%, cerca de 19 vezes supe­rior em 135 dias de 2019. Neste ano, dentre as vítimas do Aedes aegypti – mosquito transmissor dos vírus da doença e também do zika vírus e das febres chikun­gunya e amarela (na área urbana) –, 1.182 da Zona Leste, mais 861 da Norte, 558 da Oeste, 537 da Central, 344 da Sul e 41 sem iden­tificação de distrito.

A média é de 26 novos pacien­tes por dia. Grande parte é do so­rotipo 2, que é mais forte e contra o qual a população não está imu­ne. Há ainda 13.071 ocorrências sob investigação. O número de ví­timas do Aedes aegypti na cidade em 135 dias deste ano já é 1.200% superior ao total do ano passado, quando Ribeirão Preto contabi­lizou 271 ocorrências, com 3.252 pacientes a mais em 2019.

Somente em 15 dias de maio, a cidade confirmou 324 casos, 825,71% acima dos 35 pacientes do mesmo mês inteiro do ano passado, 289 a mais – mais de nove vezes superior. O município é o a quarto do estado com maior número de ocorrências. Neste ano, Ribeirão Preto registrou 241 casos de dengue em janeiro, 620 em fevereiro, 941 em março, 1.397 em abril e mais 324 em maio – os dados foram atualizados .

Em 2018, foram 45 ocorrên­cias no primeiro mês, 37 no se­gundo, 28 no terceiro, 42 no quar­to, 35 em maio, 17 em junho, onze em julho, cinco em agosto, um em setembro, seis em outubro, cinco em novembro e 38 em dezembro. No ano passado, das 271 pessoas picadas pelo vetor, 90 eram da Zona Leste, mais 73 na Oeste, 51 na Norte, 37 na Sul e 19 na Cen­tral, além de um caso sem iden­tificação do distrito. Em 2017, foram registrados 246 casos, o volume mais baixo dos últimos doze anos. Em 2014 foram 398 registros. Nos demais oito anos os casos confirmados foram superiores a mil, em alguns de­les passando de dez mil registros, como em 2016 (de 35.043 casos), 2010 (de 29.637), 2011 (de 23.384) e 2013 (de 13.179). O terceiro me­nor registro de casos ocorreu em 2012, com 317.

O secretário da Saúde de Ri­beirão Preto, Sandro Scarpelini, afirma que o trabalho de com­bate e prevenção à dengue na ci­dade está sendo feito sem trégua. São ações diárias, com equipes de Agentes de Combate a Ende­mias nas ruas com campanhas de conscientização, treinamentos de equipes e nebulização frequente e os números estão dentro dos pa­râmetros aceitáveis, se comparado às demais cidades do Estado.

“Mesmo diante de todo o esforço que estamos fazendo, os índices de infestação do mosquito continuam muito altos, manten­do em risco de epidemia a cidade”, alerta o titular da pasta. “Pedimos às pessoas que eliminem qualquer foco de água parada em suas casas, onde o mosquito põe suas larvas. Somente assim conseguiremos vencer a batalha contra a dengue em Ribeirão Preto”, orienta a dire­tora do Departamento de Vigilân­cia em Saúde de Ribeirão Preto, Luzia Marcia Romanholi Passos.

Em 25 de abril, a secreta­ria confirmou duas mortes por dengue hemorrágica em Ribei­rão Preto. Os pacientes são um homem de 73 anos, hospitaliza­do durante 16 dias, portador de cardiopatia e que evoluiu com pneumonia e morreu no dia 22, e uma mulher de 44 anos, também portadora de doenças associadas que estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da avenida Treze de Maio, no Jardim Paulista, e faleceu no mesmo dia, com diagnóstico definitivo do dia 23. Em um dos casos a sorologia já demonstrou ser do tipo 2. O homem morava na Zona Leste e a mulher, na região central. Ribeirão Preto também registrou um caso de febre chikungunya neste ano, em janeiro.


Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700 casos
2010 – 29.637 casos
2011 – 23.384 casos
2012 – 317 casos
2013 – 13.179 casos
2014 – 398 casos
2015 – 4.689 casos
2016 – 35.043 casos
2017 – 246 casos
2018 – 271 casos
2019 – 3.523 casos
* * Balanço de 135 dias de 2019

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