Ribeirão Preto registrou mais 207 casos de coronavírus em 24 horas – cerca de um a cada seis minutos e 59 segundos – e, neste ritmo, o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 deve superar a marca de 95 mil no início deste mês. Nesta sexta-feira, 2 de julho, saltou para 93.160, aumento de 0,2% em relação aos 92.953 de quinta-feira (1º).
Em menos de seis meses de 2021, Ribeirão Preto já passou de 51 mil casos confirmados. São 51.206, alta de 22,1% em relação aos 41.954 do ano passado, 9.252 a mais. Também representa 55% de toda a pandemia. A quantidade total de pessoas infectadas representa 13,1% da população da cidade, de 711.825 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O recorde de infecções em 24 horas foi registrado em 9 de junho, de 726. O anterior era de 1º de junho, de 667. Antes pertencia a 15 de julho do ano passado, de 657 registros. A variante manauara (P.1) já representa 88% dos contágios deste ano na cidade. Junho terminou com 8.993 casos, média de 300 a cada 24 horas, o terceiro mês com mais contágios.
Maio fechou com 11.076, média de 357 a cada 24 horas. É o mês com mais casos confirmados, superando março deste ano (9.644). O número de janeiro chegou a 8.663. Em fevereiro já são 5.014 pessoas infectadas. Em abril são 7.725. O recorde do ano passado pertence a julho (8.625). Os dados estão no Boletim Epidemiológico, atualizado pela Secretaria Municipal da Saúde nesta sexta-feira.
A base para comparação semanal é de oito dias porque os dados de sexta-feira e sábado não são mais divulgados. A tendência é de estabilidade, com viés de queda. Entre 17 e 24 de junho, quando passou de 88.555 para 90.892, mais 2.337 pacientes foram diagnosticados com covid-19, média móvel de 292 a cada 24 horas. Entre 24 de junho e 1º de julho, saltou de 90.892 para 93.160. São 2.268 novos casos, 284 a cada 24 horas. O recuo chega a 3%. São com 69 contágios a mais.
Se a comparação considerar o período de duas semanas (15 dias), a tendência é de queda. O número de casos saltou de 81.381 para 88.555 entre 3 e 17 de junho. São 7.174 novos contágios, média de 478 por dia. Entre 17 de junho e 1º de julho passou de 88.555 para 93.160, ou seja, mais 4.605 infectadas, 307 a cada 24 horas. Houve recuo de 35,8%. São 2.569 a menos.
A taxa de casos por 100 mil habitantes em 14 dias era de 249,64 em 1º de março. Em 30 de abril estava em 364,13, em 5 de maio subiu para 373,97, no dia 6 era de 357,81 e em 7 de maio havia recuado para 337,58. As notificações desde o início da pandemia chegaram a 204.447, sendo que 106.700 testaram negativo para covid-19, ou 52,2% do total. Os 93.160 casos confirmados até agora representam 45,6%.
Ribeirão Preto também aguarda o resultado de 4.587 exames que estão represados nos laboratórios (2,2%) – voltou a ficar acima de quatro mil. Os meses com menos casos são março (88, a pandemia começou em meados do mês na cidade) e abril (223) do ano passado. A taxa de transmissão (Rt) atual é de 1,45. Significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 145. Ribeirão Preto também tem 2.567 mortes por covid-19.
Isolamento social
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social era de 40% na quinta (1º) e na quarta-feira, 30 de junho. ante 39% na terça (29) e na segunda (28). Chegou a 47% no domingo (27). Ou seja, mais da metade da população adulta saiu de casa. O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%.
Internações
A ocupação de leitos de terapia intensiva em Ribeirão Preto estava em 81,9% às 18h10 desta sexta-feira, 2 de julho. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia pacientes internados em 266 das 325 vagas disponibilizadas pelos onze hospitais da cidade e os dois Polos Covid-19, sendo que 181 estavam com respirador artificial. Somando todos os hospitais públicos da cidade, a taxa de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era de 84,1%, com pacientes internados em 132 dos 157 leitos disponíveis – 112 com respiradores.